
África deverá ser a segunda região com o crescimento mais rápido depois da Ásia, mas ventos contrários persistem, afirma o “Perspectivas Económicas de África do AfDB”
- Relatório recomenda incentivos para atrair investimento privado para o crescimento verde
África deverá ser a segunda região com o crescimento mais rápido do mundo, a seguir à Ásia, em 2023 e 24, demonstrando a resiliência da sua economia, apesar de enfrentar vários choques globais.
O crescimento previsto, no entanto, dependerá das condições globais e da capacidade do continente para reforçar a sua resiliência económica, segundo o relatório sobre as Perspectivas Económicas Africanas 2023, do Banco Africano de Desenvolvimento (AfDB, sigla em inglês).
O relatório, lançado na última quarta-feira, prevê que África consolide a sua recuperação pós-pandemia de COVID-19, atingindo um crescimento do PIB de 4,3% em 2024, contra 3,8% em 2022. Segundo o relatório, cerca de 22 países registarão taxas de crescimento superiores a 5%.
O relatório recomenda acções políticas robustas, incluindo incentivos às indústrias verdes e o fornecimento de garantias em grande escala para reduzir o risco de investimentos do sector privado na gestão do capital natural em todo o continente.
O lançamento do “Perspectivas Económicas Africanas 2023”, que contou com a presença de líderes africanos, peritos e parceiros de desenvolvimento, foi um dos pontos altos dos Encontros Anuais do Grupo Banco que decorre em Sharm El Sheikh, no Egipto, cujo tema escolhido é “Mobilizar o financiamento do sector privado para o clima e o crescimento verde”.
Kevin Urama, Economista-Chefe do Grupo Banco e Vice-Presidente para a Governação Económica e Gestão do Conhecimento, apresentou as conclusões do relatório, que propõe várias acções políticas potenciais para estimular um maior financiamento do sector privado para o clima e o crescimento verde em África.
As opções incluem o aproveitamento da crescente apetência do capital privado e do capital de risco a nível nacional e global pelos mercados africanos e “o envolvimento cauteloso com os mercados de carbono emergentes e as trocas de dívida por clima”, disse Urama.
Ao apresentar o relatório de 220 páginas, o Presidente do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento, Akinwumi Adesina, afirmou que os países africanos têm de fazer mais, incluindo mobilizar mais recursos internos e reestruturar a dívida para resistir aos ventos contrários globais.
“As economias africanas estão a avançar na direção certa”, afirmou Adesina, salientando que cinco das seis economias com melhor desempenho antes da pandemia deverão voltar a fazer parte da lista das 10 economias com crescimento mais rápido do mundo em 2023 e 2024.
O relatório “Perspectivas Económicas Africanas” é a principal publicação anual do Grupo Banco que, segundo a instituição de crédito multilateral pan-africana, fornece evidências e análises convincentes e actualizadas para informar as decisões políticas.
Embora destaque os desafios, o African Economic Outlook 2023 concentra-se principalmente nas oportunidades para desbloquear investimentos privados e know-how e explorar o vasto capital natural do continente para combater as alterações climáticas e estimular a transição para o crescimento verde.
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