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Aprovado novo Quadro de Parceria Banco Mundial- Moçambique

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  • Nova Estratégia do Grupo Banco Mundial para Moçambique: Desenvolvimento mais Verde, Resiliente e Inclusivo
  • Durante este novo ciclo de parceria, o trabalho centrar-se-á no reforço da recuperação económica, em sintonia com as iniciativas de reformas do Governo moçambicano, tais como o Pacote de Medidas de Aceleração Económica (PAE), lançado em Agosto de 2022

O Conselho de Administração do Grupo Banco Mundial aprovou hoje, 24/02, um novo Quadro de Parceria com o País para Moçambique, para o período 2023-2027. Ao Novo Quadro de Parceria, foi atribuído o objectivo de apoiar Moçambique a alcançar um desenvolvimento mais verde, resiliente e inclusivo.

“Esta estratégia vai investir em instituições inclusivas, lançando as bases para uma sociedade mais resiliente. Vamos apoiar o aumento de emprego inclusivo e verde, principalmente através da criação de oportunidades para mão-de-obra pouco qualificada fora da agricultura de subsistência”, observou Idah Z. Pswarayi-Riddihough, Directora do Banco Mundial para Moçambique, Madagáscar, Ilhas Maurícias, Comores e Seychelles. “Apoiaremos o capital humano e o empoderamento das mulheres, ajudando assim a reduzir a desigualdade, a melhorar a inclusão e a aumentar a resiliência”, disse ela.

Moçambique teve uma das maiores taxas de crescimento económico da África Subsaariana durante mais de duas décadas. Este crescimento foi impulsionado por investimentos de larga escala nas indústrias do alumínio e do carvão, e facilitado por uma boa gestão económica que ajudou a atrair investimento directo estrangeiro e ajuda ao desenvolvimento. O forte crescimento do País também contribuiu para reduzir a pobreza, embora de forma desigual, devido à dependência na indústria extractiva, refere o Banco Mundial.

“No âmbito das receitas esperadas como resultado da exploração de gás natural liquefeito, é fundamental que Moçambique mude gradualmente para um modelo de crescimento menos dependente da indústria extractiva”, observou Paulo Correa, Líder do Programa do Banco Mundial para Moçambique e principal coordenador do Quadro de Parceria com o País. “Além disso, é importante que o País concentre esforços na criação de emprego para a maior parte da população”, acrescentou.

“O Quadro de Parceria com o País reflecte as novas prioridades de Moçambique e as lições aprendidas em ciclos de parceria anteriores”, acrescentou Fernanda Massarongo Chivulele, Analista de Investigação do Banco Mundial, que coliderou a preparação do quadro de parceria.

“Vamos focar-nos em investimentos de maior escala e potencial transformador, enfatizando a dimensão regional do desenvolvimento com um maior foco em género, criação de emprego, transformação económica e governação.”

Durante este novo ciclo de parceria, o trabalho centrar-se-á no reforço da recuperação económica, em sintonia com as iniciativas de reformas do Governo moçambicano, tais como o Pacote de Medidas de Aceleração Económica (PAE), lançado em Agosto de 2022. O pacote de reformas, com implementação prevista para 2023-2024, visa promover o desenvolvimento do sector privado, melhorando o ambiente de negócios e alinhando a política fiscal com os objectivos de desenvolvimento do país.

“Continuaremos a procurar oportunidades para desenvolver parcerias público-privadas robustas, de acordo com a agenda de reformas mais amplas do Governo”, observou Carlos Katsuya, Director da Corporação Financeira Internacional (IFC) para Moçambique.

“Este novo ciclo de parceria irá basear-se numa sólida colaboração entre a IFC e a Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA), principalmente através da mobilização de capital privado, que resultará em investimentos adicionais àqueles já planeados pela IDA.” Frisou Carlos Katsuya.

O desenho do Quadro de Parceria com o País baseou-se em extensas consultas com elementos do governo, da sociedade civil e da comunidade de doadores. O processo considerou cuidadosamente os objectivos estratégicos, as políticas e programas do governo e as lições aprendidas durante o período de parceria anterior, bem como as prioridades identificadas através dos diagnósticos do Banco Mundial. Foram ainda aplicados dois filtros críticos na determinação das prioridades da estratégia: melhorar a resiliência e abordar a fragilidade do país. Indicou o Banco Mundial.

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