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Líderes dos bancos de desenvolvimento defendem medidas para colmatar o défice de financiamento do desenvolvimento

  • Cimeira do Financiamento em Comum encerra com líderes dos bancos de desenvolvimento a defender medidas para colmatar o défice de financiamento do desenvolvimento em África em vésperas da COP27
  • O mundo precisa de acções e não de palavras, disse Akinwumi Adesina, Presidente do BAD
  • Num contexto de agitação social e política motivada pelas crises globais, os bancos públicos de desenvolvimento devem ser ousados
  • Será lançada a Aliança para Infraestruturas Verdes em África para ajudar no combate à lacuna de investimento em infraestruturas verdes.

Antes da Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP27) 2022, no próximo mês, os bancos públicos de desenvolvimento reunidos em Abidjan acordaram em pontos de acção para enfrentar o fosso de financiamento climático em África.

A terceira Cimeira do Financiamento em Comum  terminada, quinta-feira, 27/10, com apelos aos delegados para que transformem em ações os seus compromissos de fazer mais no financiamento do desenvolvimento para África.

O Banco Africano de Desenvolvimento e o Banco Europeu de Investimento coorganizaram a cimeira sob o tema Transição Verde e Justa para uma Recuperação Sustentável, na qual destacaram o papel dos bancos públicos de desenvolvimento na recuperação de África, uma vez que o continente enfrenta impactos da pandemia de Covid-19, das alterações climáticas, e o conflito russo ucraniano.

No seu discurso de encerramento, o Presidente do Banco Africano de Desenvolvimento, Akinwumi Adesina, afirmou que enquanto a África olha para a COP27, os parceiros de desenvolvimento devem assegurar colectivamente que os países, especialmente os vulneráveis em África, obtêm os recursos para se adaptarem às alterações climáticas e apoiar as transições energéticas.

“Ao sairmos de Abidjan, mantenhamos a nossa determinação forte. O mundo precisa de acções e não de palavras. Transformemos as nossas ideias em fortes compromissos, e transformemos esses fortes compromissos em ações”, exortou Adesina.

Num contexto de agitação social e política motivada pelas crises globais, os bancos públicos de desenvolvimento devem ser ousados e, juntos, fomentar o alívio para as pessoas. “Temos de fazer melhor na cooperação, na reunião de recursos e na mobilização de financiamento à escala”, defendeu. 

O líder do Banco observou que o papel dos bancos públicos de desenvolvimento e das instituições financeiras públicas, que fazem colectivamente 2,3 biliões de dólares em empréstimos anuais, é crucial.

Adesina mencionou planos para lançar a Aliança para Infraestruturas Verdes em África afirmando que poderia ‘mudar o jogo’ no combate à lacuna de investimento em infraestruturas verdes.

Rémy Rioux, CEO da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e Presidente do Conselho Executivo do Financiamento em Comum, expressou satisfação com o zelo dos delegados em avançar com a mitigação e a adaptação do impacto das alterações climáticas em África.

Contudo, disse ele, muito tem de ser feito. “Demonstrámos o nosso poder de fogo coletivo no financiamento climático – mas a minha sensação é que só estamos a arranhar a superfície do que podemos fazer, e fazer em conjunto contra as perturbações ambientais”, declarou Rioux.

Resumindo os resultados da cimeira, Rioux afirmou que o encontro mostrou uma visão partilhada entre os membros do Financiamento em Comum a favor de uma política de investimento sustentável para o desenvolvimento.

Thomas Östros, vice-presidente do Banco Europeu de Investimento, disse que a cimeira de três dias cumpriu os seus objetivos. Ainda assim, o trabalho deve continuar.

“Graças a este fórum único e ao movimento que representa, sinto-me confiante de que nós, como bancos públicos de desenvolvimento, estamos mais unidos do que nunca e caminhamos na mesma direção. Os desafios são grandes, mas também o é a nossa determinação em trabalhar em conjunto”, afirmou.

Os bancos públicos de desenvolvimento estão numa posição forte para transmitir uma mensagem coerente na COP de 2022 no Egipto. “Isto permite-nos ter um impacto ainda maior nos esforços para mobilizar financiamento do sector privado para os desafios climáticos, ambientais e sociais, e para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, salientou.

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