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  • O Presidente da Confederação das Associações Económicas de MoçambiqueCTA, Agostinho Vuma, afirmou ser fundamental o estabelecimento de parcerias para a exploração do potencial e oportunidades de negócios com a Itália.

Para Vuma que falou na cidade italiana de Milão no Forúm de Negócios Itália-Moçambique, ontem 26/10, a parceria deve ser feita para assegurar os benefícios mútuos dos investimentos, em termos de garantias de retorno do capital investido,  assim como na promoção do conteúdo local, fazendo jus à conversa mantida entre o Chefe do Estado moçambicano, Filipe Nyusi, e a Primeira-Ministra italiana, Giorgia Meloni, que visitou Maputo a treze de Outubro corrente.

Agostinho Vuma salientou ainda que esta missão empresarial que se realizou na Itália constitui uma demonstração clara da disponibilidade dos empresários moçambicanos em estabelecer as condições objectivas para o estreitamento das relações com o empresariado do país do continente europeu.

Agostinho Vuma, Presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique -CTA

No Forúm, disse Vuma, a delegação empresarial moçambicana percebeu o maior potencial existente para a internacionalização das empresas italianas, incluindo a disponibilidade do próprio Governo de sustentar este potencial através do Fundo de Internacionalização, do Fundo Climático, entre outros, daí que…

“A nossa maior expectativa é colocar os sectores empresariais dos dois países na liderança de processos de cooperação que atinjam ou suplantem, por ano, cerca de 500 milhões de dólares de negócios bilaterais em exportações e importações, o que representaria o dobro do volume actual de negócios”, disse Agostinho Vuma.

O Presidente da CTA destacou igualmente o ambiente favorável e atractivo, do ponto de vista legal e estrutural, para o investimento directo estrangeiro em Moçambique, resultante das políticas implementadas pelo Governo para facilitar os negócios e que conheceram o seu ponto mais alto com a aprovação do Programa de Aceleração Económica (PAE), um conjunto de 20 medidas estruturantes que incluem a Lei de Investimentos, facilidades de obtenção de visto, a Lei do Trabalho e o Código Comercial, cujo objectivo é colocar o sector privado como principal agente dinamizador da economia e oferecer um ambiente mais estável para os investimentos estrangeiros.

Por sua vez, o Ministro das Finanças, Ernesto Max Tola, destacou a importância de parceria com a Itália, tanto em termos de cooperação para o desenvolvimento, bem como nos domínios económico, comercial e cultural.

O governante realçou que o evento representa uma oportunidade singular para ampliar as relações no âmbito do investimento privado e impulsionar o desenvolvimento, em particular em sectores vitais como do Agribusiness, da Energia, dos Hidrocarbonetos, das Infraestruturas e a Logística.

o Fórum de Negócios Itália-Moçambique, decorreu sob o lema “Acelerar o Comércio e o Investimento entre Itália e Moçambique através do Fortalecimento de Parcerias”.

Quarenta empresários, que estão em digressão pela Europa para exploração de oportunidades de investimentos, compuseram a delegação moçambicana que participou no Fórum de Negócios Itália-Moçambique sob liderança do Ministro da Economia e Finanças, Ernesto Max Tonela.

Recorde-se que a Itália tem uma presença significativa em Moçambique, principalmente no sector de energia e indústrias relacionadas. Nos últimos oito anos (2012-2019) o país europeu tornou-se o primeiro investidor europeu em Moçambique, com USD 3,5 bilhões de investimentos. Só em 2019, a Itália investiu USD 288 milhões de dólares em Moçambique, confirmando-se como o terceiro maior investidor a nível global.

Em Moçambique existem cerca de 50 empresas italianas. Além da ENI e da SAIPEM, actuam no país a CMC (construção civil), a Bonatti (engenharia e Óleo & Gás), a Nuovo Pignone (turbinas a gás) e a RENCO (construção e hotelaria).

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