Disponibilizados $5 milhões para promoção da aquacultura em três países africanos, incluindo Moçambique

A Agência Norueguesa de Cooperação para o Desenvolvimento (NORAD) comprometeu-se a disponibilizar 5 milhões de dólares para aumentar o rendimento e construir a resiliência de pequenos aquicultores no Quênia, Moçambique e Tanzânia, anunciou o Fundo Internacional para a Agricultura (IFAD).

A contribuição financiará o Projecto de Aquacultura Resiliente e Sensível à Nutrição (ARNSA) implantado pelo IFAD e seus parceiros governamentais. A iniciativa visa apoiar aproximadamente 3.000 pequenos agricultores e disponibilizar maior quantidade e produtos de peixe de qualidade para pelo menos 100.000 pessoas, implementando e ampliando as tecnologias e abordagens de aquacultura focadas em nutrição e resiliência climática.

Além de fortalecer as habilidades técnicas e os serviços de extensão dos agricultores, o projecto deverá melhorar o acesso à qualidade e aos insumos agrícolas acessíveis, como sementes e ração, e às oportunidades de mercado, especialmente para mulheres e jovens por meio da inovação e criação de valor.

O apoio da NORAD contribui para a crescente atenção do IFAD à aquacultura na África Subsaariana, que agora inclui investimentos relacionados na Tanzânia, Quênia, Moçambique, Angola, Eritreia, Etiópia, Nigéria e Gana. “Esta generosa contribuição da Noruega ressalta suas credenciais como líder global na gestão sustentável da pesca e é mais uma prova da determinação implacável do país em libertar o mundo da fome e da pobreza”, disse Gilbert F. Houngbo, presidente do IFAD.

Com efeito, a subvenção da Noruega ajudará milhares de pequenos aquacultores a construir uma vida melhor para suas famílias e produzir os alimentos saudáveis que suas comunidades precisam, num contexto em que mais pessoas entram em espiral para a fome e a pobreza devido a restrições pandémicas, mudanças climáticas e conflitos.

Para o IFAD, o desenvolvimento sustentável do sector de aquacultura tem um potencial significativo para combater a desnutrição e a pobreza em todo o mundo. Com uma crescente demanda por produtos pesqueiros, em particular da África e Ásia, o sector tem um forte potencial de crescimento, incluindo a geração de melhores rendas para os produtores e oportunidades de emprego, especialmente para as mulheres.

 Actualmente, os pequenos aquacultores fornecem mais de 80% da produção global do sector. Paralelamente, em todo o mundo, cerca de 20 milhões de pessoas se envolvem em aquacultura integral ou em meio período, muitas das quais lutam para manter meios de subsistência razoáveis.

Como uma das principais nações de pesca e aquacultura do mundo, e membro fundador do IFAD, a Noruega contribuiu, até a data, com US$ 435,26 milhões para o orçamento do Fundo desde sua criação, em 1978. Além disso, o País prometeu US$ 53,46 milhões ao ciclo de financiamento 2022-2024 da IFAD, um aumento de 40% em relação ao ciclo anterior. A Noruega também está apoiando programas específicos directos com um total de US$ 30,2 milhões, em particular para ajudar pequenos agricultores a se adaptarem às mudanças climáticas, combaterem a desnutrição e apoiarem famílias agrícolas e refugiados na bacia do Lago Chade. (OE)