A Gold Fields e a rival AngloGold Ashanti, com sede em Joanesburgo, propuseram uma joint venture em Gana que criaria a maior mina de ouro de África.
Nessa aliança, a Gold Fields deteria dois terços do empreendimento que combinaria as operações da sua mina de Tarkwa com as da vizinha Iduapriem, da AngloGold, conforme disseram as duas empresas em um comunicado conjunto na quinta-feira, 16/03.
A AngloGold deteria o restante do empreendimento, e ambas as empresas se beneficiariam das sinergias e da economia de custos.
“A joint venture proposta é uma oportunidade empolgante para combinar operações de mineração que são essencialmente parte do mesmo depósito mineral e é algo que a Gold Fields e a AngloGold Ashanti discutiram muitas vezes ao longo dos anos”, disse Martin Preece, CEO interino da Gold Fields, no comunicado.
A Gold Fields operaria o projecto, que teria uma produção média anual de quase 900.000 onças em seus primeiros cinco anos. A produção seria em média de 600.000 onças ao longo da vida útil da mina.
Tal como a Gold Fields, a AngloGold mudou o seu foco para minas mais lucrativas em Gana, Austrália e América Latina, à medida que a indústria na África do Sul diminui em meio ao aumento dos custos e aos desafios geológicos de explorar os depósitos mais profundos do mundo.
As acções da Gold Fields subiam 1,6% às 10h:03 em Joanesburgo, enquanto a AngloGold caía 1,8%.
“Esta combinação reúne duas partes do mesmo corpo de minério de classe mundial, permitindo-nos compartilhar habilidades e infra-estrutura para melhorar significativamente todos os aspectos desta operação de mineração, desde a exploração e planeamento até a mineração e processamento”, disse o CEO da AngloGold, Alberto Calderon.