
Inflação Sobe 0,34% Em Outubro E Atinge 4,91% Em Termos Anuais
A subida mensal reflecte pressões nos preços de alimentos, transportes e energia. Apesar da aceleração no mês, a taxa anual permanece estável, controlada e alinhada com o objectivo de um dígito.
- O Índice de Preços no Consumidor (IPC) nacional subiu 0,34% em Outubro, acima dos 0,22% de Setembro;
- A taxa de inflação anual fixou-se em 4,91%, ligeiramente acima dos 4,83% registados no mês anterior;
- As maiores contribuições para a variação mensal vieram de Alimentação e Bebidas Não Alcoólicas (+0,19 p.p.), Transportes (+0,08 p.p.) e Habitação, Água, Electricidade e Combustíveis (+0,05 p.p.);
- Maputo (0,45%), Beira (0,36%) e Nampula (0,32%) registaram as maiores variações mensais entre as oito cidades monitorizadas;
- Em termos homólogos, destacaram-se Beira (6,3%), Quelimane (6,7%) e Tete (5,4%), as cidades com maior pressão inflacionária;
- O INE sublinha que a inflação permanece “moderada e previsível”, sustentada pela estabilidade cambial e pelo abrandamento dos choques externos.
A inflação nacional registou uma variação mensal de 0,34% em Outubro de 2025, impulsionada pela subida dos preços de produtos alimentares, transportes e energia. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), a inflação homóloga atingiu 4,91%, mantendo-se dentro da meta de um dígito e reforçando o cenário de estabilidade de preços no país.
Os dados publicados pelo INE mostram que a inflação acumulada desde o início do ano ascendeu a 4,27%, reflectindo um comportamento estável e coerente com a meta de médio prazo.
A variação mensal de Outubro traduz sobretudo pressões localizadas em bens alimentares e serviços relacionados com mobilidade e energia.
O grupo Alimentação e Bebidas Não Alcoólicas exerceu a maior influência na variação mensal, adicionando +0,19 pontos percentuais ao índice geral, impulsionado sobretudo pelos aumentos nos preços de tomate, cebola, peixe seco, açúcar e farinha de milho—produtos de forte peso no cabaz alimentar das famílias.
O grupo Transportes contribuiu com +0,08 pontos percentuais, reflectindo ajustes nos combustíveis, tarifas de transporte urbano e custos interurbanos.
Já Habitação, Água, Electricidade e Combustíveis acrescentou +0,05 pontos percentuais, associados a revisões de tarifas energéticas.
A nível regional, as maiores variações mensais ocorreram em Maputo (0,45%), Beira (0,36%) e Nampula (0,32%).
Em contraste, Xai-Xai (0,18%) e Inhambane (0,21%) registaram comportamentos mais moderados.
Em termos anuais, Beira (6,3%), Quelimane (6,7%) e Tete (5,4%) continuam a liderar as cidades com maior pressão inflacionária, enquanto Maputo (3,9%) e Nampula (3,4%) permanecem entre as mais estáveis.
O INE assinala que “a inflação mantém-se moderada e previsível”, reforçando que, apesar de oscilações mensais, o país continua num trajecto de equilíbrio de preços e normalização da oferta interna.
A estrutura de consumo, fortemente marcada pelo peso dos grupos Alimentação e Transportes, explica a sensibilidade do IPC às oscilações sazonais de preços agrícolas e às revisões dos mercados energéticos.
O comportamento da inflação em Outubro confirma um quadro de pressões inflacionárias contidas, suportado pela estabilidade cambial do metical, pelo abrandamento dos choques internacionais e pela continuidade da política monetária prudente do Banco de Moçambique.
Com expectativas de inflação bem ancoradas, o país tem mantido um ambiente económico previsível, com impacto positivo na confiança dos consumidores e das empresas.
Se esta tendência se mantiver, Moçambique deverá encerrar 2025 com uma inflação média inferior a 5%, consolidando a narrativa de estabilidade macroeconómica e reforçando a credibilidade das autoridades monetárias.
Com a inflação anual em 4,91% e uma variação mensal de 0,34%, Moçambique reafirma um ambiente de estabilidade e previsibilidade, confirmado pelo comportamento dos preços e sustentado por uma política monetária disciplinada.
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