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Moçambique Garante Stock de Medicamentos Para os Próximos Nove Meses

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O Ministro da Saúde de Moçambique, Usseine Isse, assegurou que o País dispõe de stock de medicamentos suficiente para cobrir as necessidades dos próximos nove meses, apesar dos desafios recentes enfrentados pelo setor da saúde. A informação foi avançada pelo jornal Notícias, que destacou os esforços do governo para estabilizar a cadeia de abastecimento de fármacos essenciais.

O anúncio surge num contexto de preocupação, após o país ter registado vandalizações em armazéns de medicamentos e a retirada parcial do financiamento dos Estados Unidos da América (EUA) a projetos da saúde. De acordo com o Notícias, esses fatores geraram receios sobre a capacidade de Moçambique em manter o fornecimento regular de medicamentos.

Visita às Infraestruturas e Avaliação do Abastecimento

Para reforçar a confiança no sistema de distribuição de medicamentos, o ministro da Saúde visitou a Central de Medicamentos e Artigos Médicos (CMAM), em Maputo, responsável pelo armazenamento e distribuição de fármacos. Segundo o Notícias, Usseine Isse também esteve na Fábrica Nacional de Medicamentos (FNM) e na Indústria Farmacêutica (INFARMA), duas instituições que garantem a produção local de diversos medicamentos essenciais.

“Antes do anúncio dos EUA sobre o corte de financiamento na área da saúde, já tínhamos um stock de medicamentos para nove meses. E agora, com o alívio do Governo dos EUA, estamos tranquilos. Além disso, vimos na FNM e na INFARMA que há uma produção local que vai ajudar a suprir as necessidades”, afirmou Usseine Isse, citado pelo Notícias.

Medicamentos Disponíveis e Produção Local

De acordo com o Notícias, a FNM está a garantir a disponibilização de antihipertensivos, antibióticos, antidiabéticos, antimaláricos, antidiarreicos, analgésicos e antirretrovirais, além de outros medicamentos essenciais para o tratamento das doenças mais comuns no país.

Já a INFARMA mantém a sua produção para abastecer o Serviço Nacional de Saúde com comprimidos e cápsulas, reforçando a capacidade interna de resposta às necessidades médicas.

Além disso, o jornal Notícias informa que, nos próximos meses, será assegurada a disponibilidade de soro para a hidratação de pacientes e o reforço na produção local de vacinas, fundamentais para a prevenção de doenças como tuberculose, sarampo, rubéola, tétano e poliomielite.

Desafios na Distribuição e Segurança dos Armazéns

Apesar do alívio garantido pelo governo, o setor da saúde continua a enfrentar desafios na organização e distribuição de medicamentos nos hospitais. O Notícias refere que Usseine Isse reconheceu a necessidade de aprimorar os mecanismos logísticos para garantir que os fármacos cheguem às unidades sanitárias de forma eficiente.

Outro fator preocupante destacado pelo Notícias foi o impacto das manifestações que levaram indivíduos desconhecidos a vandalizar armazéns de medicamentos e artigos médicos em Maputo. Segundo o jornal, alguns veículos de distribuição e uniformes de funcionários da saúde foram destruídos durante os protestos, dificultando temporariamente o transporte de fármacos.

Perspectivas para o Futuro

O Notícias sublinha que a aposta na produção local de medicamentos é uma estratégia essencial para garantir maior autonomia e segurança no abastecimento do setor da saúde, reduzindo a dependência de importações e financiamento externo. No entanto, especialistas alertam que o reforço da segurança nos centros de armazenamento e a melhoria da cadeia de distribuição serão determinantes para evitar futuras crises.

A estabilidade no fornecimento de fármacos é um pilar essencial para o funcionamento do sistema de saúde, e garantir que Moçambique mantém essa estabilidade nos próximos meses será fundamental para assegurar assistência médica contínua à população.

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