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Os preços do petróleo subiram mais de 3% nesta quarta-feira, 02/10, com preocupações crescentes de que as tensões no Médio Oriente possam aumentar, potencialmente interrompendo a produção de petróleo da região, após o maior golpe militar de sempre do Irão contra Israel.

Os futuros do Brent atingiram o seu ponto mais alto num mês, saltando US$ 2,42, ou 3,3%, para US$ 75,98 por barril. O petróleo americano West Texas Intermediate (WTI) subiu US$ 2,47, ou 3,5%, para US$ 72,30 às 10:50 GMT.

Ambas as referências de petróleo na terça-feira, 01/10, subiram mais de 5% antes de fecharem cerca de 2,5% mais altas.

O Irão afirmou nesta quarta-feira, 02/10, que o seu ataque com mísseis a Israel tinha terminado, salvo novas provocações, enquanto Israel e os EUA prometiam ripostar contra Teerão, à medida que se intensificavam os receios de uma guerra mais vasta.

“Isto pode incluir danificar ou destruir as instalações petrolíferas do Irão”, disse Tamas Varga, da corretora de petróleo PVM.

Teerão afirmou que qualquer resposta israelita ao ataque, que, segundo Israel, envolveu mais de 180 mísseis balísticos, seria recebida com uma “vasta destruição”.

Varga observou que a retaliação do Irão ou dos seus aliados poderia atacar instalações petrolíferas sauditas como em 2019 ou ver o encerramento do Estreito de Ormuz. “Qualquer um destes acontecimentos faria subir irremediavelmente os preços do petróleo”, afirmou.

A produção de petróleo do Irão aumentou para um máximo de seis anos de 3,7 milhões de barris por dia (bpd) em agosto, segundo os analistas do ANZ.

“Uma escalada importante por parte do Irão arrisca-se a levar os EUA para a guerra”, afirmou a Capital Economics numa nota. “O Irão é responsável por cerca de 4% da produção mundial de petróleo, mas uma consideração importante será se a Arábia Saudita aumenta a produção se os fornecimentos iranianos forem interrompidos.”

Um painel de ministros da OPEP+, que inclui a Rússia, reúne-se ainda esta quarta-feira para analisar o mercado, não se prevendo qualquer alteração de política. O grupo deverá aumentar a produção a partir de Dezembro em 180.000 bpd mensais.

“Qualquer sugestão de que os aumentos de produção vão continuar poderia compensar as preocupações de interrupções de fornecimento no Médio Oriente”, disseram os analistas do ANZ.

No entanto, o ministro do petróleo da Arábia Saudita disse que os preços do petróleo poderiam cair até 50 dólares por barril, se os membros da OPEP+ não cumprirem os limites de produção acordados, informou o Wall Street Journal nesta quarta-feira, 02/10, citando delegados do grupo de produtores de petróleo.

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