
Produção de semente certificada disparou em 18,6%
A produção de semente certificada em Moçambique subiu 18,3% na campanha agrícola 2021-2022, alcançando 12.061 de toneladas, contra 10.196 toneladas obtidas na campanha agrícola 2020-2021, refere um balanço Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER).
Com um aumento de 674% na actual campanha agrícola, o gergelim teve maior peso no aumento da produção de semente, tendo passado de 35 toneladas para 271 toneladas, seguido de amendoim, que aumentou 644% para 119 toneladas, indica o relatório.
As províncias de Manica, Zambézia e Nampula são a maiores produtoras de sementes. O crescimento da produção de sementes foi impulsionado pela demanda de sementes das culturas eleitas do programa Sustenta [milho, soja, gergelim, feijões, arroz e amendoim”, refere o documento.
Na época agrícola 2021-2022,também subiu a quantidade de semente usada, para 11.969 toneladas face a 9.437 toneladas na época agrícola anterior.
O aumento de uso de sementes foi impulsionado pelo Programa Sustenta, que foi responsável pelo fomento de cerca de 50% da semente certificada, usada na presente campanha, no volume de 5.930 toneladas”, lê-se no documento.
Apesar do aumento, o país ainda está longe de colocar no mercado a quantidade de semente actualmente necessária, estimada em 90 mil toneladas pelo MADER.
Apesar do aumento acentuado da produção e uso de semente certificada, o uso de grão ainda tem um peso esmagador, representando 86,7%, ou seja 78,000 toneladas. O documento assinala que se assistiu a redução, em 31%, na importação de semente.
Uso de fertilizantes
O balanço aponta ainda para um crescimento de 12% no uso de fertilizantes na campanha agrícola 2021/2022, que ultrapassou 167 mil toneladas contra cerca de 149 mil toneladas na época agrícola anterior.
O país registou um crescimento médio de cinco vezes mais do uso de fertilizantes, nos últimos três anos, tendo passado de 6,39 quilos por hectare em 2019 para 29,9% em 2021.
Em sentido inverso esteve o recurso a pesticidas, que conheceu uma queda de 33% na actual época agrícola, um decréscimo que “não afectou significativamente a produção agrícola, por não se ter registado a ocorrência de pragas de grande impacto”.
Ainda assim prossegue o relatório, o uso de pesticidas em Moçambique, tem crescido a uma média anual de cerca de 31%.
O preço médio de pesticidas aumentou em 37% quando comparado com a campanha anterior.