
PROVISÃO DE ÁGUA POTÁVEL
País investe por ano cerca de 150 milhões de dólares
O GOVERNO moçambicano investe, anualmente, cerca de 100 a 150 milhões de dólares na provisão de água potável para garantir o acesso universal nas zonas rurais, onde reside perto de 70 a 75 por cento da população do país.
A informação foi prestada há dias na cidade de Nampula, por Teresa Guilherme, engenheira do Ministério das Obras Publicas, Habitação e Recursos Hídricos, no final de um seminário provincial sobre sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água canalizada nas zonas rurais.
“Para o abastecimento da água rural fazemos um investimento entre 100 a 150 milhões de dólares. Como disse, a maior parte da população em Moçambique vive nas zonas rurais, por isso precisamos de um pouco mais”, explicou.
A fonte frisou que o Governo quer melhorar os actuais indicadores de 70 a 75 por cento da taxa de cobertura de abastecimento de água segura nas zonas rurais até 2030 para responder aos objectivos de desenvolvimento sustentável.
“O grande objectivo do abastecimento de água até 2030 é chegarmos até lá com maior parte das pessoas a beneficiarem do precioso líquido”, referiu a fonte. Guilherme destacou que, a par do abastecimento de água, existe a preocupação da melhoria do saneamento nas zonas rurais.
“O Programa Nacional de Abastecimento de Água e Saneamento Rural (PRONASAR) não olha só para água. Sabemos que o nosso país tem uma diversão cultural por isso há essa simbiose de poder unir as culturas e as segurar que a população tenha saneamento adequado. Abastecimento da água e Saneamento são duas ferramentas que não estão juntas, ressaltou.
Em relação à sustentabilidade das infra estruturas de abastecimento de água, a responsável afirmou ser necessário maximizar o financiamento feito para sua construção, que envolve fundos não só do Governo mas também de parceiros.
“A questão do Financiamento joga um papel importante, pois é preciso maximizar, assegurar que as infra-estruturas possam ser sustentáveis para que ao invés de reabilitarmos constantemente possamos olhar opara a construção de outras”, especificou.
Teresa Guilherme disse que parra garantir a sustentabilidade urge consciencializar a comunidade sobre a necessidade do pagamento da água fornecida através dos canais formais.
“A participação da academia na sensibilização pode contribuir para fazer passar esta mensagem e ajudar a resolver alguns desses problemas”, concluiu.
Entretanto, dados partilhados pela Direcção Provincial das Obras Publicas indicam que na província de Nampula 4,3 milhões de pessoas (66 por cento) de um total de 6,4 milhões vivem nas zonas rurais. No contexto do abastecimento de água nas zonas rurais.
No contexto do abastecimento de água nas zonas rurais, de 2010 a 2020 foram construídos 215 sistemas de diferentes dimensões, no âmbito do PRONASAR. São várias as entidades que defendem, entre outros, que a construção das infra-estruturas deveria ser antecedida de um trabalho de mobilização comunitária para adesão ao pagamento de serviços, incluindo a criação de uma comissão representativa dos interesses dos utentes para servir de interlocutor com as outras partes envolvidas.
Para o efeito, é importante o envolvimento das comunidades na tomada de decisão sobre o estabelecimento e gestão dos sistemas de provisão de água, com atenção às mulheres, raparigas, idosos e pessoas com deficiência.
Aponta-se também como solução para melhoria de desempenho a alocação de vários sistemas a um único operador, assegurando uma redução dos custos operacionais e promoção da profissionalização das equipas de trabalho. (AIM)
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