
Volatilidade do ZiG preocupa empresas e consumidores no do Zimbabué
Após uma desvalorização de 43% em Setembro, o ZiG (Zimbabwe Gold), a sexta tentativa do Zimbabué de estabelecer uma moeda estável desde 2009, enfrenta desafios que indicam um ano de maior volatilidade cambial. A desvalorização, destinada a reduzir o fosso entre as taxas oficial e paralela, impactou significativamente a economia local.
Impactos económicos
A queda do ZiG reduziu os rendimentos disponíveis dos consumidores, alimentou a inflação e diminuiu os lucros das empresas. A OK Zimbabwe Ltd., maior retalhista do país, relatou que a situação exigiu uma reavaliação das suas estratégias de gestão de risco e capital de giro.
Christopher Mugaga, CEO da Câmara Nacional de Comércio do Zimbabué, sublinhou que a volatilidade cambial persiste, corroendo balanços e dificultando o planeamento financeiro em moeda local. “Planear usando a moeda local é planear para falhar”, afirmou.
Shelton Sibanda, director de investimentos da Imara Asset Management, prevê uma redução nas reservas de ZiG pelas empresas, que deverão aumentar a velocidade de uso da moeda para evitar perdas adicionais.
Outros desafios para as empresasAlém da instabilidade cambial, as empresas enfrentam cortes de energia que podem durar até 18 horas por dia, exacerbados pela seca induzida pelo fenómeno El Niño, que afectou os níveis de água na barragem de Kariba, uma das principais fontes de energia do país. A competição com comerciantes informais por receitas em dólares americanos, aliada aos controlos rigorosos de preços em moeda local, também agrava as condições de mercado.
Maxen Karombo, CEO da OK Zimbabwe, prevê que o ambiente operacional continuará desfavorável, impulsionado pelas dinâmicas de inflação e taxa de câmbio.
Perspectivas e desafios futuros
O ZiG, que estava cotado a 25,83 por dólar americano no mercado oficial no início desta semana, segundo dados do banco central, enfrenta um futuro incerto. As empresas zimbabueanas precisam de estratégias robustas para mitigar os riscos associados a uma moeda instável e a um ambiente operacional desafiador, enquanto consumidores e negócios continuam a lidar com o impacto directo da desvalorização e da inflação.
A situação sublinha a urgência de soluções económicas estruturais para estabilizar a moeda e criar condições mais favoráveis para o crescimento empresarial no Zimbabué.
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