
Banco Mundial indica que são prioridades para a África Subsaharia, o combate da desigualdade para revitalizar o crescimento e reduzir a pobreza
- A região esta na rota de crescimento, mas numa recuperação muito frágil
Depois de atingir um mínimo de 2,6% em 2023, o crescimento económico na África Subsariana deverá atingir 3,4% em 2024 e 3,8% em 2025, de acordo com o mais recente relatoriao Africas’s Pulse, uma publicação bianual do Banco Mundial que versa sobre o estágio e perspectivas económicas da Africa Subsahariana.
De acordo com o estudo, a recuperação é impulsionada principalmente por um maior crescimento do consumo privado, uma vez que a descida da inflação aumenta o poder de compra dos rendimentos das famílias.
“O crescimento do investimento será moderado, uma vez que as taxas de juro deverão manter-se elevadas e a consolidação orçamental limita o crescimento do consumo público. A contribuição da economia mundial para o crescimento de África continuará a ser modesta. As expectativas de redução das taxas de política monetária nas grandes economias mundiais poderão estimular o crescimento do investimento em 2025.” Diz o Africa’s Pulse
A descida da inflação está a apoiar a recuperação económica na região
O Africa’s Pulse reconhece que a inflação está a arrefecer na maioria das economias da África Subsariana, mas que esta continua elevada. “Prevê-se que a inflação média na região desça de 7,1% em 2023 para 5,1% em 2024 e 5% em 2025-26”. Afirma.
O estudo observa que, a normalização das cadeias de abastecimento mundiais, o declínio constante dos preços das matérias-primas e os impactos do aperto monetário e da consolidação orçamental estão a contribuir para uma taxa de inflação mais baixa na região.
Dívida pública na África Subsariana deverá reduzir de 61% do PIB em 2023 para 57% do PIB em 2024
De acordo com o mais recente estudo do Banco Mundial – Africa’s Pulse – embora no presente ano a inflação esteja a recuar na maioria dos países da região , esta permanece elevada em comparação com os níveis pré-pandémicos:
– “Prevê-se que a inflação diminua em cerca de 80% dos países africanos em comparação com 2023, mas ainda é superior aos níveis pré-pandémicos em 32 dos 37 países.
Face a este quadro o estudo do Banco Mundial, sugere que o enfrentamento desse quadro misto requer diferentes respostas de política monetária.
“Poderá justificar-se uma pausa na restritividade da política monetária nos países com uma inflação decrescente que esteja próxima ou dentro do intervalo do objectivo, ao passo que uma combinação de restritividade monetária e consolidação orçamental será essencial para os países com uma inflação elevada”. Afirma, acrescentando que, “a prudência orçamental é particularmente recomendada para evitar um ressurgimento da inflação nos muitos países da África Subsariana que vão realizar eleições este ano”.
As crescentes obrigações de serviço da dívida estão a criar problemas de liquidez e a impedir as despesas de desenvolvimento na Africa Subsahariana
Embora se prevê-se que a dívida pública na África Subsariana diminua de 61% do PIB em 2023 para 57% do PIB em 2024, no entanto, o risco de sobreendividamento continua a ser elevado, alerta o Banco Mundial.
A Instituição destaca que mais de metade dos governos africanos debate-se com problemas de liquidez externa, enfrentam encargos insustentáveis com a dívida ou estão activamente a tentar reestruturar ou reprogramar as suas dívidas.
Atraves do seu estudo “Africa’s Pulse”, recentemente publicado, o Banco Mundial observa que as obrigações de serviço da dívida pública aumentaram à medida que os governos da região estão expostos ao financiamento do mercado e a empréstimos do Estado não pertencentes ao Clube de Paris.
“Os empréstimos externos são mais caros do que eram antes da pandemia, apesar de os spreads soberanos estarem a diminuir gradualmente desde o seu pico em Maio de 2023” . Sublinha.
Diz ainda o Banco Mundial que os ventos contrários ao crescimento são agravados pela escalada dos conflitos e da violência
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