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Bancos sul-africanos encerram ATMs e reduzem agências, centram-se no digital
Os principais bancos da África do Sul estão a encerrar muitos dos seus caixas automáticos e a reduzir o tamanho das suas agências, à medida que cada vez mais clientes recorrem a canais digitais para realizar transações bancárias. Esta mudança, liderada pelos tradicionais “Quatro Grandes” – Absa, Standard Bank, Nedbank e FirstRand (FNB) – tem como objectivo cortar custos operacionais e melhorar a eficiência, em resposta ao crescente uso de aplicações e plataformas online.
A pandemia de Covid-19 foi um dos principais catalisadores desta transformação, com as restrições às interações presenciais a forçar os clientes a migrarem para transações digitais. O surgimento de bancos exclusivamente digitais, como o Discovery Bank, TymeBank e Bank Zero, que operam sem agências físicas, acelerou ainda mais a adopção dos serviços online. Estes novos bancos, em especial o TymeBank, aproveitam canais alternativos de distribuição, como caixas automáticos em redes de retalho.
No seu último relatório anual, o Absa revelou que encerrou 114 caixas automáticos e 3 agências no último ano, atribuindo esta redução ao aumento da funcionalidade da sua aplicação, que agora oferece uma vasta gama de serviços, desde a gestão de cartões de crédito a empréstimos. A migração para a Amazon Web Services (AWS) permitiu ao Absa escalar a sua aplicação para responder à crescente procura, reduzindo, assim, a necessidade de interações presenciais.
O Standard Bank também informou uma redução de 232 caixas automáticos em 2023, embora o número de agências tenha aumentado em 33. No entanto, a área média das suas agências foi reduzida em *%, reflectindo uma mudança para instalações menores e mais eficientes. No primeiro semestre de 2024, as transações online cresceram 30%, enquanto as transações em agências caíram 13%, o que reforçou a estratégia de optimização da infraestrutura física do banco.
O Nedbank seguiu uma trajectória semelhante, automatizando mais de 200 serviços de retalho que anteriormente exigiam interação humana. Graças à digitalização, o banco encerrou 135 caixas automáticos e reduziu a área das suas agências em 27.000 metros quadrados em 2023. Desde 2014, o Nedbank reduziu a área total das suas agências em 111.000 metros quadrados, como parte do Projecto Imagine, que se foca no autoatendimento e serviços digitais.
O FNB, por outro lado, foi mais cauteloso na redução de caixas automáticos, registando apenas ligeiras diminuições. Contudo, o banco converteu muitos dos seus dispositivos em Terminais de Depósito Automatizados (ADTs), que permitem a aceitação de depósitos em tempo real, além de outros serviços, como a impressão de extractos e pagamentos pré-pagos. O FNB tem também investido em agências comunitárias, tendo aberto 31 novas unidades desde 2021 em áreas carenciadas, como parte de um projecto de expansão para assegurar a presença do banco em todo o país.
Esta transformação reflecte uma tendência mais ampla na indústria bancária sul-africana, onde os bancos estão a otimizar as suas redes físicas enquanto expandem as suas capacidades digitais. Embora o uso de caixas automáticos para levantamentos de dinheiro tenha estabilizado, a maioria dos serviços bancários tradicionais está a migrar para o ambiente digital, onde os clientes podem realizar transações de forma mais conveniente e com custos mais baixos.
Os bancos afirmam, no entanto, que as agências físicas continuam a desempenhar um papel importante, especialmente para transações mais complexas ou para o atendimento em regiões menos digitalizadas. Todavia, o futuro do sector aponta claramente para um modelo de negócio cada vez mais digital e eficiente, com menores custos de operação e maior conveniência para os clientes.
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