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A China tem sido muito criticada pelos parceiros internacionais pelas práticas de empréstimo às nações mais pobres, que representa quase 40% da dívida bilateral e privada que os países precisam de pagar este ano, de acordo com dados do Banco Mundial.

A China anunciou que vai perdoar os juros de empréstimos a 17 nações africanas e redireccionar 10 mil milhões USD das suas reservas no Fundo Monetário Internacional (FMI) para as nações deste continente.

Em declarações citadas pela agência de informação financeira Bloomberg, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês deu esta garantia durante o Fórum de Cooperação China-África, ainda que não tenha dado detalhes sobre quais as nações que vão ver os juros perdoados nem qual a maturidade dos empréstimos incluídos neste alívio da dívida.

Desde 2000, Pequim tem anunciado múltiplas rondas de perdões de dívida, tendo cancelado pelo menos 3,4 mil milhões USD em dívida até 2019, de acordo com os dados compilados pela Universidade de Estudos Internacionais Johns Hopkins.

O aumento da inflação no seguimento da invasão da Ucrânia pela Rússia tem levado os bancos centrais, incluindo a Reserva Federal norte-americana, a subirem as taxas de juro, o que aumenta o custo dos pagamentos da dívida soberana.

Como os países em desenvolvimento têm uma dívida que ronda os 250 mil milhões de dólares, existe o risco de uma cascata de incumprimentos financeiros por parte dos países que já estavam em dificuldades antes mesmo da pandemia de covid-19, escreve a Bloomberg.

A China recebeu o equivalente a 38,2 mil milhões USD do FMI ao abrigo da emissão de Direitos Especiais de Saque, dos quais 10 mil milhões USD poderão ser canalizados para os dois fundos criados pelo FMI para ajudar os países de baixo e médio rendimento.

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