Fornecimento de energia para a MozParks, que irá beneficiar comunidades vizinhas, conta com apoio alemão
O MozParks, o primeiro e único parque industrial em Moçambique até à data, está a caminho de estar ligado à rede eléctrica nacional até meados de 2023.
As obras foram encomendadas pela Electricidade de Moçambique (EDM) através de um projecto de 20,8 milhões de euros intitulado “EDM Power Network Modernization Programme”, financiado pelo Governo alemão através do KfW Development Bank.
O parque industrial está localizado no distrito de Boane, província de Maputo. Até agora, tem operado principalmente com geradores alimentados por combustíveis fósseis. A ligação do parque industrial à rede eléctrica implicou a reabilitação da antiga subestação eléctrica de Beluluane e a construção de uma nova subestação de reserva na localidade de Mahoche. Ambos fornecem electricidade ao parque industrial e a cerca de 3.000 famílias de comunidades próximas, proporcionando-lhes acesso consistente e de longo prazo à energia.
Uma vez conectado à rede nacional, o parque oferecerá um fornecimento de energia mais limpo e confiável. Como resultado, espera-se que o número de empresas acolhidas pelo parque duplique nos próximos dois anos. “À medida que o fornecimento de energia do parque aumenta, mais empresas se mudam, criando mais oportunidades de emprego para as comunidades próximas”, diz o engenheiro César Alfane, gerente de projectos da EDM.
“Juntamente com as empresas de energia limpa, as empresas poderão contar com a energia da rede, poupando 160.000 toneladas de emissões de CO2 por ano”, referindo-se às 48 empresas que operam no MozPark, que emprega mais de 8.000 pessoas, diz Steffen Beitz, Gerente de Portfólio da KfW.
A componente de distribuição de energia do projecto servirá cerca de 3.000 famílias no bairro de Mavoco, distrito de Boane.
“Para além dos benefícios para o desenvolvimento industrial, o projecto também promove o desenvolvimento social e melhora a vida das comunidades locais”, afirma Alfane.
“A subestação de Mahoche liga comunidades carenciadas à rede, muitas das quais não tinham acesso à energia antes”, diz Belarmina Jossias, Chefe do Departamento de Qualidade e Planeamento Ambiental da EDM.
Tanto as subestações como as linhas de transmissão trabalham com tecnologia de fibra, estão totalmente digitalizadas e estarão ligadas ao futuro Centro Nacional de Controlo da EDM, que controla toda a rede nacional, um projecto financiado conjuntamente pela União Europeia, Banco Africano de Desenvolvimento, Suécia e Alemanha.
À medida que as linhas de transmissão que ligavam as subestações Mahoche e Beluluane Velha subiam, novas comunidades se estabeleceram ao longo das linhas de energia, construindo casas e abrindo lojas. Como resultado, “a procura local de energia é maior do que o inicialmente esperado, e a EDM viu a necessidade de abrir um novo centro de serviços 24 horas para servir as comunidades que vivem nas áreas de Mavoco, Boane e Mozal”, explica Alfane.
No novo centro de serviços EDM – o primeiro do género a dispor de acesso em rampa para pessoas com deficiência – os clientes podem procurar assistência em caso de avarias, solicitar apoio técnico ou apresentar uma queixa sem percorrer longas distâncias.
Uma fonte de alimentação confiável é fundamental para a industrialização e o desenvolvimento económico. No entanto, apenas cerca de 40% da população de Moçambique está ligada à rede eléctrica.
A Alemanha continua empenhada em apoiar o Governo de Moçambique a densificar a rede nacional para fornecer acesso universal à energia até 2030.
A contribuição da cooperação alemã para o sector energético moçambicano ascende a mais de 240 milhões de euros através de projectos de cooperação técnica e financeira centrados na cozinha limpa, geração, transmissão e distribuição de energia, com aumento da utilização de energia proveniente de fontes renováveis.
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