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Indústria Têxtil ressente-se da baixa produtividade do sector algodoeiro

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Contrariamente à percepção generalizada de que o florescimento do negócio da roupa usada é o principal aspecto que tem impactado negativamente no desenvolvimento da indústria têxtil nacional, o Fórum Nacional dos Produtores de Algodão (FONPA), embora reconheça que a roupa usada seja um dos factores, levanta outros pontos que considera mais influentes que tem que ver com o desempenho do sector algodoeiro.

Os dados do FONPA avançam que há um défice de ordem de extensão e de quantidade do número de técnicos no subsector de algodão, estimados em 200 técnicos existentes em todo território nacional para um universo de um pouco mais de 200.000 produtores, o que representa um grande constrangimento para esse subsector dado que esta deficiência se repercute numa baixa produtividade.

Por exemplo, na safra agrícola 2011/2012 registou-se uma produção total de algodão fibra de 69.974 toneladas, tendo reduzido drasticamente nas safras seguintes até 13.946 em 2016/2017.

O volume de algodão produzido actualmente em Moçambique não dá para atrair investidores na indústria têxtil. O produtor na vizinha África do Sul, o chamado pequeno produtor, consegue tirar por hectar 2-3 toneladas, mas produzido a sequeiro e o nosso produtor aqui tira em média entre 300 a 500 quilogramas. Há países que têm a fasquia de 2 toneladas por hectar, então, nós precisamos de ser bastante competitivos para revitalizar a nossa indústria têxtil”, elucida Vicente Sando, Coordenador do FONPA.

Contudo, apesar disso, o algodão produzido localmente é todo exportado. Por exemplo, os dados fornecidos pelo FONPA dão conta de que, todo o algodão produzido na campanha agrícola 2015/2016 foi exportado e 98% do produzido na campanha seguinte também recebeu o mesmo destino.

Assim, só uma pequena parcela do algodão destina-se ao abastecimento interno, a qual não está sendo suficiente para responder as necessidades da indústria têxtil nacional.

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