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Preços do petróleo caem com a perspectiva de uma oferta adicional a compensar os receios do Médio Oriente

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Os preços do petróleo desceram na terça-feira, 01/10, com uma perspectiva de oferta mais forte e um crescimento tépido da procura global a superarem os receios sobre a escalada do conflito no Médio Oriente e o seu impacto sobre as exportações de petróleo da região.

Os futuros do petróleo Brent para entrega em Dezembro caíram 49 cêntimos, ou 0,7%, para US$ 71,21 por barril, às 11:17 GMT. Os futuros do petróleo bruto U.S. West Texas Intermediate (WTI) perderam 55 cêntimos, ou 0,8%, para US$ 67,62.

O Brent chegou a cair 2,5% no início da sessão e o WTI caiu 2,7% antes de reduzir as perdas.

Um painel de ministros de topo do grupo de produtores OPEP+ reúne-se a 2 de Outubro para analisar o mercado, não sendo esperadas alterações de política. A partir de Dezembro, o grupo OPEP+, composto pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e por aliados como a Rússia, deverá aumentar a produção em 180 000 barris por dia (bpd) todos os meses.

A possibilidade de recuperação da produção de petróleo da Líbia também pesou no mercado. O parlamento do leste da Líbia concordou na segunda-feira, 30/09, em aprovar a nomeação de um novo governador do banco central, o que poderia ajudar a acabar com uma crise que reduziu drasticamente a produção de petróleo do país.

“Forças opostas estão a manter o petróleo a negociar lateralmente, por enquanto”, disse o analista do UBS Giovanni Staunovo, apontando o estímulo chinês, o crescimento da procura de petróleo dos EUA e o abrandamento do crescimento da oferta de petróleo bruto dos EUA, do lado positivo, e a iminente retoma da produção líbia, do lado negativo.

Na China, a actividade industrial registou uma forte contracção em Setembro, segundo um inquérito ao sector privado, na segunda-feira, 30/09.

Os analistas afirmam que uma série de medidas de estímulo durante a semana passada são susceptíveis de ser suficientes para trazer o crescimento da China em 2024 de volta para cerca de 5%, depois de vários meses de dados abaixo das previsões lançarem dúvidas sobre esse objectivo, embora as perspectivas a longo prazo permaneçam pouco alteradas.

“A ponderação do risco para os futuros do petróleo do primeiro mês está actualmente dependente do que Israel poderá fazer a seguir e se houver um confronto directo com o Irão”, disse o analista independente de petróleo Gaurav Sharma.

Nos Estados Unidos, as reservas de petróleo bruto e de combustível deverão ter caído cerca de 2,1 milhões de barris na semana até 27 de Setembro, segundo uma sondagem preliminar da Reuters, na segunda-feira, 30/09.

A sondagem foi realizada antes de um relatório do grupo industrial American Petroleum Institute, previsto para as 20:30 GMT desta terça-feira, 01/10.

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