50 Anos da Independência Nacional: Chapo Aponta Independência Económica Como Novo Marco Histórico Para Moçambique

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Questões-Chave

  • Presidente Daniel Chapo apelou à construção de uma verdadeira independência económica para os próximos 50 anos;
  • Discurso destacou os avanços das últimas cinco décadas, mas reconheceu os desafios persistentes em sectores como segurança, emprego, juventude e industrialização;
  • Presidente anunciou criação do Banco Nacional de Desenvolvimento e reforço das iniciativas para o empreendedorismo local;
  • O estádio das celebrações foi baptizado como Estádio da Independência Nacional.

Cinquenta anos depois da proclamação de Samora Machel, Moçambique celebrou o jubileu da sua independência com um discurso presidencial centrado na transição de uma soberania política para uma efectiva independência económica. Daniel Chapo traçou um horizonte estratégico para o país, apelando à coesão, à inovação e à justiça económica como pilares do próximo ciclo histórico.

Foi sob o símbolo da Chama da Unidade Nacional — acesa em todos os distritos do país — que o Presidente Daniel Chapo celebrou os 50 anos da independência, lembrando que “a liberdade política só será completa quando transformada em independência económica”. Na cerimónia solene, realizada no agora denominado Estádio da Independência Nacional, o Chefe de Estado deixou uma mensagem de transição geracional, sublinhando que “se hoje celebramos a liberdade conquistada, os próximos 50 anos devem ser dedicados à prosperidade partilhada”.

No seu discurso, Chapo reconheceu os progressos alcançados: o aumento da esperança de vida, a expansão da rede escolar e sanitária, a valorização da mulher, e os avanços em infraestruturas e recursos naturais. No entanto, alertou para as disparidades ainda existentes. “Precisamos de uma economia mais robusta, mais justa e mais inclusiva, construída sobre instituições fortes e cidadãos empoderados”, declarou.

Para enfrentar os desafios estruturais, o Presidente anunciou a criação do Banco Nacional de Desenvolvimento e reforçou o papel do Fundo de Desenvolvimento Económico Local como instrumentos centrais para financiar o empreendedorismo nacional, com foco especial nas zonas rurais, na juventude e nas mulheres.

Ao mesmo tempo, o discurso apelou à erradicação de males como a corrupção, o crime organizado e o burocratismo. “Queremos um Estado transparente, facilitador do investimento, e um país reconciliado consigo mesmo e com a sua história”, afirmou, num apelo directo à construção de uma nova cidadania económica.

A evocação dos heróis da libertação, com destaque para Eduardo Mondlane e Samora Machel, serviu de ponte entre o passado e o futuro. Chapo foi claro: “Não basta celebrar a independência. É preciso torná-la útil, produtiva, transformadora.” Nesse sentido, pediu uma visão nacional orientada para a industrialização sustentável, a juventude qualificada e a justiça social.

O Presidente reafirmou o compromisso com os valores democráticos e com o diálogo como ferramenta de coesão e estabilidade, defendendo que “a paz é um processo contínuo que exige vigilância cívica e reconciliação efectiva”.

No final, o apelo foi simbólico e prático: “Vamos trabalhar!” — um convite à mobilização de todos os actores da sociedade moçambicana, do Estado ao sector privado, das comunidades locais aos parceiros internacionais.

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