
Eni e parceiros vão decidir sobre segundo FLNG em Moçambique até meados de 2024
A italiana Eni SpA espera chegar a uma decisão final de investimento no seu segundo projecto flutuante de gás natural liquefeito (FLNG) em Moçambique até ao final de Junho do próximo ano, disseram à agência Reuters, na terça-feira, 10 de Outubro, duas fontes directamente envolvidas no projecto.
O primeiro projecto de FLNG – denominado Coral Sul – tornou Moçambique num produtor e exportador mundial de GNL e o novo projecto reforçaria ainda mais a produção e o posicionamento de Moçambique no mercado mundial de GNL.
Este segundo projecto poderá também aumentar a produção de gás da Eni em África, que poderá ser transferida para a Europa, ajudando a diversificar o abastecimento de gás da Europa nos próximos anos, afirmou o seu CEO, Claudio Descalzi, em Janeiro.
“Trabalho feito? Ainda não. Está 90% concluído e o nosso objectivo é ter a FID (decisão final de investimento) durante o primeiro semestre de 2024”, disse à Reuters uma das fontes, acrescentando que o navio flutuante de GNL começará a produzir e a exportar dentro de quatro anos.
A Reuters diz que a fonte não quis ser identificada, uma vez que não está autorizada a pronunciar-se sobre os prazos de investimento.
Deslocar-se-ão a Moçambique e à República do Congo no final desta semana para reforçar os laços entre a Itália e estes países, onde a Eni está a desenvolver projectos de GNL, disse uma fonte governamental italiana, acrescentando que não se espera que assinem quaisquer novos acordos no domínio da energia.
Os parceiros da joint venture podem levar algum tempo para chegar a um acordo sobre o investimento, mas a maior parte está “pronta para avançar”, disse.
“Se há um ponto em que a empresa comum está totalmente alinhada, é na elevação do capital”, disse a fonte, o que significa que os parceiros receberam uma parte da produção proporcional às suas participações.
A decisão final de investimento é um ponto no desenvolvimento de um projecto em que é assumido um compromisso de investimento importante e é efectivamente visto como o avanço final.
A Eni é o operador da Coral Sul, mais de dois terços da qual é propriedade conjunta da Eni, da Exxon Mobil e da CNPC chinesa. A empresa portuguesa de energia Galp, a Korean Gas Corp. e a empresa petrolífera estatal moçambicana ENH são os parceiros minoritários com 10% cada.
Estima-se que o campo de gás localizado na bacia do Rovuma, ao largo da costa moçambicana, denominado campo Coral, contenha 500 mil milhões de metros cúbicos de gás natural.
O Coral Sul produz actualmente 3,5 milhões de toneladas de GNL e o novo navio de GNL poderá duplicar a produção, disse a fonte.
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