Líderes africanos procuram obter financiamento recorde do Banco Mundial para combater as alterações climáticas

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Os líderes africanos apelaram na última segunda-feira, 29/04, aos países ricos para que façam contribuições recorde para um mecanismo do Banco Mundial com juros baixos para as nações em desenvolvimento, do qual dependem para ajudar a financiar o seu desenvolvimento e combater as alterações climáticas.

A abordagem, preconiza que os doadores façam as suas promessas em dinheiro para a Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA, sigla em inglês), uma instituição do Banco Mundial que oferece empréstimos com taxas de juro baixas e prazos longos, numa conferência a realizar em Dezembro, no Japão.

“Apelamos aos nossos parceiros para que se juntem a nós neste momento histórico de solidariedade e respondam eficazmente aumentando as suas contribuições para a IDA… para pelo menos 120 mil milhões de dólares”, disse o Presidente do Quénia, William Ruto, numa reunião de líderes africanos e do Banco Mundial para discutir o financiamento precisamente da IDA.

As economias africanas enfrentam uma “crise de desenvolvimento e de dívida cada vez mais profunda, que ameaça a nossa estabilidade económica, e emergências climáticas urgentes que exigem uma acção imediata e colectiva para a sobrevivência do nosso planeta”, afirmou Ruto.

Ruto citou as inundações devastadoras no Quénia e a seca severa que afecta países da África Austral, como o Malawi.

Se os doadores prometerem o montante mínimo sugerido pelos líderes africanos, será um novo recorde após a última ronda de angariação de fundos em 2021, que arrecadou 93 mil milhões de dólares.

Os empréstimos da IDA funcionam num ciclo de três anos, que é normalmente precedido de contribuições dos doadores numa reunião mundial.

A IDA oferece empréstimos a taxas de juro baixas a 75 países em desenvolvimento em todo o mundo, segundo o Banco Mundial, mais de metade dos quais em África.

O financiamento é utilizado pelos governos para melhorar o acesso à energia e aos cuidados de saúde, investir na agricultura e construir infra-estruturas essenciais, como estradas.

Ajay Banga, Presidente do Banco Mundial, prometeu reduzir as regras “pesadas” que regem os empréstimos concedidos aos países ao abrigo da AID, de modo a torná-la mais eficiente e a entregar mais rapidamente os fundos aos países mutuários.

“Acreditamos que uma IDA mais simples e reimaginada pode ser utilizada com mais concentração para ter um impacto significativo”, afirmou.

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