
Moçambique Acolhe Missão Decisiva do GAFI e Reafirma Compromisso com a Transparência Financeira
Questões-Chave:
- GAFI realiza de 8 a 11 de Setembro, em Maputo, missão de avaliação crítica para possível remoção de Moçambique da “lista cinzenta”;
- Governo garante que já cumpriu as 26 recomendações exigidas pela entidade internacional;
- País é reconhecido pelo progresso no reforço institucional e nas medidas contra o branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo;
- Estão agendadas visitas presenciais (on-site) e reuniões “face to face” com o Grupo de Revisão da Cooperação Internacional (ICRG);
- Saída da “lista cinzenta” poderá restabelecer a confiança dos investidores e dinamizar o ambiente de negócios nacional.
Moçambique será, em Setembro, anfitrião de uma missão decisiva do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI), com potencial para assegurar a tão almejada retirada da “lista cinzenta”. O Governo assegura ter cumprido todas as 26 recomendações exigidas e prepara-se para demonstrar, em casa, a robustez do seu sistema de prevenção e combate aos crimes financeiros.
Missão do GAFI em Maputo: Etapa Crítica para a Reabilitação Reputacional do País
A cidade de Maputo vai acolher, entre os dias 8 e 11 de Setembro de 2025, uma missão presencial do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI), no quadro do processo de avaliação de países com deficiências estratégicas no combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo.
A visita, aprovada pelo Conselho de Ministros do GAFI, é considerada um passo essencial para a possível remoção de Moçambique da “lista cinzenta”, onde o país figura desde 2022.
Segundo a ministra das Finanças, Carla Loveira, que falava na abertura das XVI Jornadas Científicas do Banco de Moçambique, esta missão decorre na sequência do “cumprimento integral” das 26 acções recomendadas pelo GAFI, facto que já mereceu o reconhecimento da comunidade internacional quanto à capacidade institucional nacional em prevenir e combater práticas ilícitas.
Sistema Nacional Reforçado e Monitorado
Além da visita técnica “on-site”, decorrerá em simultâneo, também em Maputo, a reunião “face to face” do Grupo de Revisão da Cooperação Internacional (ICRG), estrutura do GAFI que avalia os progressos concretos dos países identificados como de risco. A presença do ICRG em Moçambique é, segundo as autoridades, um sinal de reconhecimento do esforço nacional na construção de um sistema eficaz e sustentável de controlo financeiro.
Ambiente de Negócios em Jogo: Confiança e Reputação
Para o Executivo, a saída da “lista cinzenta” é um objectivo estratégico, não apenas para responder às exigências internacionais, mas para reabilitar a credibilidade do país junto dos investidores e instituições financeiras. “Queremos deixar de ser conhecidos como um país branqueador de capitais”, afirmou Luís Abel Cezerilo, coordenador nacional para este processo.
Segundo Cezerilo, a remoção da lista permitiria ao país recuperar confiança institucional, reactivar fluxos financeiros, impulsionar o investimento directo estrangeiro e reforçar a integração de Moçambique no sistema financeiro global.
Contexto Regional e Comparado
Moçambique integra uma lista onde figuram também países africanos como Angola, Namíbia, África do Sul e Tanzânia. A evolução positiva do caso moçambicano poderá constituir um exemplo para a região, numa altura em que o continente é cada vez mais pressionado a alinhar-se com normas internacionais de governação financeira e combate à criminalidade transnacional.
O GAFI e a Função de Guardião da Integridade Financeira Global
O GAFI é a principal organização intergovernamental no combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo. O seu papel inclui a definição de padrões, monitorização de riscos e recomendação de medidas correctivas. A inclusão na sua “lista cinzenta” tem implicações reputacionais sérias e pode restringir o acesso a capitais e linhas de financiamento internacional.
O ICRG, por sua vez, é o braço técnico responsável por identificar deficiências nos sistemas nacionais, acompanhar o progresso das reformas e propor medidas, podendo recomendar a inclusão ou exclusão de países das listas de vigilância.
Ao acolher esta missão do GAFI, Moçambique demonstra abertura, maturidade institucional e vontade política de se reposicionar no sistema financeiro internacional. Mais do que um exercício técnico, a visita representa uma oportunidade para o país provar que pode ser um destino credível, transparente e confiável para negócios e investimento.
A expectativa, agora, centra-se na decisão final do GAFI, que poderá ditar o início de uma nova fase na trajectória económica e reputacional de Moçambique.
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