
OPEP Optimista: Economia Mundial Pode Superar Expectativas no Segundo Semestre de 2025
Questões-Chave:
- OPEP mantém previsões de crescimento da procura global de petróleo para 2025 e 2026;
- Índia, China e Brasil superam expectativas, enquanto EUA e Zona Euro continuam a recuperar;
- Refinação global em alta para responder à procura sazonal de combustíveis;
- Produção da OPEP+ aumentará em Agosto, apesar de desafios geopolíticos e comerciais.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) revelou, no seu mais recente relatório mensal, uma perspectiva mais optimista para a economia mundial na segunda metade de 2025, sustentando a sua decisão de manter inalteradas as previsões de crescimento da procura de petróleo para os próximos dois anos.
Apesar das tensões geopolíticas e dos conflitos comerciais, a OPEP acredita que a actividade económica global poderá superar as expectativas no segundo semestre deste ano. Essa visão sustenta a decisão da organização de manter inalteradas as suas previsões de crescimento da procura global de petróleo para 2025 e 2026, após cortes realizados em Abril.
“Índia, China e Brasil estão a superar expectativas, enquanto os Estados Unidos e a Zona Euro continuam a registar uma recuperação sólida desde o ano passado”, refere o relatório.
Este optimismo poderá facilitar os planos da aliança OPEP+ (OPEP mais Rússia e outros aliados) para aumentar a produção e recuperar quota de mercado depois de anos de cortes destinados a estabilizar os preços.
Produção Aumenta em Agosto
A OPEP+ anunciou que irá aumentar a produção em 548 mil barris por dia em Agosto, decisão tomada na reunião de 5 de Julho. O encontro decorreu após episódios de volatilidade nos preços do crude, em reacção a ataques israelitas e norte-americanos contra o Irão.
Apesar do aumento, os preços do petróleo mantiveram-se estáveis, com o Brent a negociar próximo dos 69 dólares por barril, sinal de que o mercado está a absorver o acréscimo de oferta devido à forte procura sazonal.
Procura Sazonal Sustenta Mercado
A OPEP assinalou que as refinarias globais aumentaram a sua ingestão de crude em 2,1 milhões de barris por dia em Junho face a Maio, um sinal claro da retoma após períodos de manutenção e da crescente procura de combustíveis para transporte durante o Verão.
“A ingestão de refinarias deverá manter-se elevada, em particular nos Estados Unidos, para responder à procura de gasolina, querosene/jet e fuelóleo”, lê-se no relatório.
Este movimento é interpretado como um factor de suporte para o mercado, contrariando previsões mais conservadoras de outras agências, como a Agência Internacional de Energia (IEA), que reviu em baixa as suas estimativas de crescimento da procura.
Produção e Cumprimento das Quotas
Segundo o relatório, a produção conjunta da OPEP+ atingiu 41,56 milhões de barris por dia em Junho, um aumento de 349 mil barris em relação a Maio — ligeiramente abaixo do incremento previsto nas quotas (411 mil bpd).
A divergência explica-se pela redução voluntária da produção por parte de países como o Iraque, como compensação por excedentes anteriores. Por outro lado, o Cazaquistão aumentou a sua produção, mantendo-se acima da quota atribuída, apesar das pressões para alinhamento.
O novo relatório da OPEP envia uma mensagem de resiliência e cauteloso optimismo: a recuperação das principais economias emergentes, combinada com uma procura sazonal sólida e aumentos graduais de produção, poderá sustentar o equilíbrio do mercado petrolífero no segundo semestre de 2025. No entanto, as incertezas geopolíticas e as tensões comerciais continuam a ser variáveis-chave no horizonte energético global.
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