
Banco Mundial Reforça Parceria Com Moçambique E Aponta País Como Futuro Hub Energético Regional
Questões-Chave
- Ajay Banga anuncia nova parceria de cinco anos com Moçambique, centrada em energia, turismo e juventude;
- Banco Mundial considera Moçambique um potencial hub energético da África Austral;
- Projecto Central Norte de Cahora Bassa será estratégico, com capacidade prevista de 1.250 MW;
- Parceria abrange apoio ao sector privado, qualificação dos jovens e estabilização macrofiscal;
- Moçambique pode integrar lista dos 10 maiores produtores mundiais de energia até 2040.
O Presidente do Grupo Banco Mundial, Ajay Banga, concluiu uma visita de dois dias a Moçambique com a promessa de uma nova parceria estratégica de cinco anos. Banga reafirmou o potencial do país para se tornar uma potência energética regional, sublinhando que Moçambique tem todos os elementos necessários para liderar a produção e integração energética no sul do continente africano.
Durante a visita, que incluiu um sobrevoo à Barragem de Cahora Bassa, em Tete, Ajay Banga destacou o compromisso da instituição em apoiar projectos energéticos de grande escala em Moçambique. “A imagem que tenho do Presidente da República, Daniel Chapo, e que eu também partilho, é de fazer de Moçambique uma potência energética da parte sul de África”, declarou.
O foco imediato recai sobre o Projecto Central Norte de Cahora Bassa, que prevê a construção de uma nova hidroeléctrica na margem esquerda da barragem actual, com capacidade estimada em 1.250 MW, complementando os 2.075 MW da central existente. A construção deverá arrancar em 2028 e terá uma duração prevista de cinco anos.
Para este projecto, o Banco Mundial prevê o envolvimento de várias das suas instituições, como o BIRD, a IFC, a MIGA e a AIDA, garantindo financiamento, mitigação de risco político e apoio técnico. Banga descreveu esta articulação como “uma orquestra a tocar em harmonia”, onde diferentes instrumentos concorrem para uma mesma sinfonia de desenvolvimento.
Contudo, o apoio do Banco Mundial não se limitará à energia. Ajay Banga anunciou um novo quadro de parceria nacional, com cinco pilares estratégicos:
- Energia e integração regional;
- Turismo com elevado potencial de geração de emprego;
- Qualificação dos jovens e capital humano;
- Apoio à agricultura e pequenas empresas;
- Desenvolvimento dos corredores logísticos nacionais.
O presidente do BM deixou claro que, para este plano ter sucesso, Moçambique deve “estabilizar a sua situação macrofiscal”, condição indispensável para atrair o investimento privado e garantir a confiança institucional. “Sem estabilidade fiscal, é difícil dar estabilidade à população”, advertiu.
Durante a sua estadia, Ajay Banga visitou ainda uma empresa agroindustrial em Maputo e destacou o “efeito multiplicador” do sector privado no emprego e no dinamismo económico, especialmente junto de pequenos produtores e empreendedores.
No sector do turismo, Banga revelou planos para trabalhar com o Governo moçambicano na concepção de um programa diversificado, incluindo turismo de negócios, eventos, casamentos e turismo sustentável de elevado valor. “Têm tudo: praias, vida selvagem, campos de golfe e um povo acolhedor. O turismo é o maior multiplicador de empregos por dólar investido”, disse.
A visita de Ajay Banga marca uma nova etapa na cooperação entre o Banco Mundial e Moçambique. Com uma visão pragmática e de longo prazo, a instituição compromete-se a apoiar o país na sua transição energética, capacitação humana e integração económica regional, desde que sejam asseguradas as condições de estabilidade macroeconómica e governação eficaz. Moçambique, segundo o Banco Mundial, pode estar a caminho de integrar, até 2040, o grupo dos dez maiores produtores de energia do mundo.
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