
União Europeia Vai Adquirir 750 Mil Milhões de Dólares em Energia dos EUA
- Pacto comercial reforça segurança energética europeia, substitui fornecimentos russos e suaviza tensões tarifárias entre os dois blocos
Questões-Chave:
- Acordo firmado após meses de negociações entre EUA e UE;
- Inclui compras de gás natural liquefeito (GNL), petróleo e combustíveis nucleares norte-americanos;
- UE pretende substituir fornecimentos russos até 2027 e diversificar as suas fontes de energia;
- Valor do acordo poderá atingir 250 mil milhões por ano, ao longo de três anos;
- EUA aplicarão tarifa de 15% sobre maioria dos produtos da UE, com excepções.
A União Europeia comprometeu-se a adquirir até 750 mil milhões de dólares em energia proveniente dos Estados Unidos, num acordo comercial que visa fortalecer a segurança energética do bloco, reduzir a dependência da Rússia e aliviar as tensões comerciais com a administração de Donald Trump.
A 27 de Julho, líderes da União Europeia e dos Estados Unidos anunciaram a conclusão de um vasto acordo comercial que prevê a compra, por parte da UE, de 750 mil milhões de dólares em produtos energéticos norte-americanos — nomeadamente gás natural liquefeito (GNL), petróleo e combustíveis nucleares. Trata-se de um dos maiores pactos alguma vez firmados entre as duas economias, segundo o presidente Donald Trump, que saudou o desfecho como “o maior acordo já feito”.
“Temos mais energia do que qualquer outro país. Foi uma decisão sábia por parte deles comprarem energia dos EUA — resolve muitos problemas”, afirmou Trump, durante conferência de imprensa num dos seus resorts na Escócia.
A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que se reuniu com Trump para finalizar o acordo, destacou que esta aliança energética reforçará a segurança energética da Europa e contribuirá para a substituição das importações russas. “As compras de energia dos EUA permitirão diversificar as nossas fontes de fornecimento e reforçar a segurança energética europeia. Vamos substituir o gás e o petróleo russos com GNL, petróleo e combustíveis nucleares dos EUA”, declarou von der Leyen.
Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, a União Europeia baniu as importações de petróleo bruto russo por via marítima desde Dezembro de 2022 e de produtos refinados desde Fevereiro de 2023, com planos de eliminar o gás russo até finais de 2027.
Ainda que os detalhes financeiros concretos do acordo não tenham sido integralmente divulgados, fontes mediáticas avançaram que a UE procurará adquirir cerca de 250 mil milhões de dólares por ano, ao longo de três anos. Em 2024, as importações europeias de GNL atingiram 80,4 milhões de toneladas, avaliadas em 41,1 mil milhões de euros, enquanto as de petróleo totalizaram 453,4 milhões de toneladas, num valor de 261,8 mil milhões de euros, segundo dados da Eurostat.
Os Estados Unidos já se afirmavam, no primeiro trimestre do ano, como o principal fornecedor de petróleo e GNL à União Europeia, com 15% e 50,7% de quota de mercado, respectivamente.
O acordo também evita a imposição de tarifas comerciais mais gravosas. Em Abril, Trump ameaçara aplicar tarifas de 20% sobre produtos europeus, chegando em Julho a anunciar a intenção de subir esse valor para 30%. No final, as partes acordaram numa tarifa de 15% sobre a maioria dos produtos da UE, excluindo aço, alumínio e produtos farmacêuticos.
Além disso, a União Europeia comprometeu-se a investir 600 mil milhões de dólares nos EUA, num gesto de reaproximação económica que visa equilibrar os fluxos comerciais e fomentar uma nova era de “comércio a tarifa zero”, segundo Trump.
“É um grande acordo… um bom acordo para todos”, concluiu von der Leyen.
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