
10.ª Edição de “Energia e Gás” Reforça Moçambique Como Plataforma Internacional de Negócios e Investimento
- Conferência consolidou-se como vitrine internacional de atracção de investimento no sector energético;
- Objectivo central: posicionar Moçambique como hub regional de gás natural, GNL e transição energética;
- Expositores sublinharam necessidade de passar das conferências à execução prática dos projectos;
- Logística, segurança industrial e conteúdo local despontam como áreas críticas de competitividade;
- Apesar dos desafios, investidores internacionais reafirmaram confiança na energia e gás como motores do crescimento económico nacional.
A 10.ª edição da Conferencia de Energia e Gás de Moçambique, realizada em Maputo, consolidou-se como uma das mais relevantes plataformas de negócios e cooperação internacional, reforçando a imagem do país como um hub energético em ascensão. Ao reunir decisores políticos, investidores globais e empresas locais, o evento evidenciou oportunidades significativas, mas também reiterou que a execução prática dos projectos ainda é um dos maiores desafios.
Um palco para investimentos estratégicos
O encontro reafirmou-se como vitrine internacional para atrair parcerias estratégicas em gás natural, GNL e transição energética, sectores vistos como pilares do futuro económico de Moçambique. A conferência destacou a necessidade de mobilizar financiamento robusto para infra-estruturas, incorporar tecnologia de ponta e investir em capital humano, com destaque para o programa Generation Ready, que aproxima jovens moçambicanos de oportunidades reais no sector energético.
“Na sua décima edição já é notório que algumas parcerias começam a ser visíveis, mas acreditamos que há mais ainda que se possa fazer em termos de execução, porque tem-se falado muito a nível das conferências, mas muito pouco em termos de execução”, afirmou o empresário Lloyd Estevão, reflectindo uma das preocupações mais partilhadas pelos participantes.
Logística e conteúdo local no radar
Na componente logística, empresas com longa presença no mercado enfatizaram que os novos projectos de gás natural e as conexões Norte-Sul representam oportunidades sem precedentes para reforçar Moçambique como plataforma regional de transporte e comércio. A GL Logística sublinhou que a entrada em operação de projectos energéticos terá efeito multiplicador em diferentes sectores da economia.
No segmento de segurança industrial, a Cosmos apresentou soluções de combate a incêndios, segurança electrónica e produção de agregados. A empresa destacou que a lei do conteúdo local pode ser decisiva para equilibrar a competitividade entre empresas nacionais e internacionais.
“Podemos competir em pé de igualdade, mas um dos maiores desafios é o acesso à informação e ao financiamento para projectos de grande escala”, reforçou Jorge Manjate Jr, da Cosmos.
A visão dos investidores estrangeiros
Empresas estrangeiras mantêm optimismo. A Access Communications reforçou a sua aposta em Moçambique, já contando com clientes como Sasol e AGL, mas ambicionando colaborar com gigantes como ExxonMobil, TotalEnergies e Mozambique LNG.
“Este evento é crucial para o crescimento em Moçambique, especialmente no sector de petróleo e gás. Aqui conseguimos encontrar as pessoas certas, começar a construir relações e preparar negócios para o futuro”, afirmou um representante da empresa.
O tom prevalecente entre investidores estrangeiros foi de confiança. Apesar das barreiras regulatórias e da necessidade de acelerar processos, há consenso de que o sector energético é motor estratégico de crescimento económico, capaz de transformar a base produtiva do país e de ampliar receitas fiscais.
Mensagem central: da retórica à execução
A 10.ª Edição de Energia e Gás deixou uma mensagem clara: Moçambique já conquistou espaço no radar internacional, mas precisa de avançar da retórica para a execução prática. Infra-estruturas, logística, financiamento, capacitação local e ambiente regulatório são os elementos que determinarão se o país conseguirá concretizar o potencial energético em crescimento inclusivo e sustentável.
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