
África do Sul Apresenta aos EUA Proposta Comercial Revista para Reduzir Tarifas de 30%
- Pretória submete nova proposta comercial a Washington para tentar reduzir tarifas impostas por Donald Trump;
- Taxa de 30% sobre exportações sul-africanas é a mais alta aplicada a um país da África Subsariana;
- Revisão aborda questões sanitárias e fitossanitárias levantadas pelos EUA no relatório anual de comércio;
- Agricultura, especialmente exportação de carne de aves e suínos, entre os sectores-chave no processo;
- Negociações incluem pressões políticas sobre políticas internas de acção afirmativa na África do Sul.
O Governo da África do Sul submeteu esta terça-feira aos Estados Unidos uma proposta revista de acordo comercial, numa tentativa de reduzir a tarifa de 30% que Washington impôs às exportações sul-africanas na semana passada. A medida, anunciada pelo Presidente norte-americano Donald Trump, colocou o país como o mais penalizado da África Subsariana.
Segundo o Ministro do Comércio, Parks Tau, a decisão foi aprovada pelo Conselho de Ministros e constitui a base para novas negociações com os EUA. “A nova proposta responde substancialmente às questões levantadas pelos Estados Unidos no 2025 National Trade Estimates Report, incluindo algumas relacionadas com padrões sanitários e fitossanitários”, afirmou o governante, sem avançar detalhes sobre os termos revistos.
O Executivo sul-africano tentava há meses chegar a um acordo com Washington, mas não conseguiu fechar negociações antes do prazo fixado por Trump. Entre os avanços registados, Parks Tau destacou a resolução de pendências ligadas à importação de carne de aves e de suínos norte-americanos, cujos contentores deverão ser embarcados para a África do Sul dentro de duas semanas.
O Ministro da Agricultura, John Steenhuisen — que também lidera o segundo maior partido da coligação governamental — afirmou que a proposta revista é “abrangente, generosa e aberta”, acrescentando que “cumpre os critérios de ambição exigidos pela parte norte-americana”. Na sua avaliação, o novo enquadramento comercial “poderá ser bom para os Estados Unidos e igualmente positivo para a África do Sul”.
Numa entrevista à Reuters, Steenhuisen alertou, contudo, que existe o risco de as tarifas se manterem caso Pretória não altere determinadas políticas domésticas, nomeadamente as de acção afirmativa, que Trump já criticou publicamente.
Impacto e Perspectiva
As tarifas impostas por Washington representam um desafio significativo para sectores-chave da economia sul-africana, incluindo mineração, produtos agrícolas e manufaturados, que dependem de acesso preferencial ao mercado norte-americano. A submissão da proposta revista sinaliza uma tentativa de reposicionar o relacionamento comercial bilateral, mas o desfecho dependerá não só de questões técnicas de comércio, como também de alinhamentos políticos sensíveis.
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