Aposta na Investigação e Inovação Agrária Reforça Caminho para a Soberania Alimentar

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O Ministro da Agricultura, Ambiente e Pescas, Roberto Albino, defende o reforço da investigação científica como instrumento estratégico para aumentar a produtividade, garantir segurança alimentar e reduzir a dependência externa na produção de sementes, rações e alimentos de base.

Questões-Chave:
  • O Ministro Roberto Albino defende que a investigação agrária é o motor do desenvolvimento e da soberania alimentar;
  • A produção de semente de primeira geração é de apenas 185 toneladas anuais, volume considerado insuficiente;
  • O Governo pretende aumentar a capacidade de investigação, financiamento e autonomia institucional;
  • O Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) é central na estratégia de inovação, melhoramento genético e controlo de qualidade;
  • O plano prevê dois ciclos agrícolas de pesquisa anuais e integração entre laboratórios, extensionistas e produtores.

O Governo moçambicano aposta na investigação científica e inovação agrária como pilares da soberania alimentar. O Ministro da Agricultura, Ambiente e Pescas, Roberto Albino, defende que apenas com uma ciência aplicada e contínua será possível aumentar a produtividade, melhorar a qualidade genética das sementes e assegurar o desenvolvimento sustentável da agricultura e pecuária nacionais.

Investigação como Motor da Soberania Alimentar

Falando durante uma visita ao Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), em Maputo, Roberto Albino sublinhou que “a soberania alimentar passa pela capacidade de gerar conhecimento e tecnologia próprias, capazes de responder aos desafios locais de produção e qualidade dos alimentos”.

O ministro apontou a falta de investimento em sistemas de rega, maquinaria e câmaras frias como uma das limitações actuais que reduzem a eficiência da investigação aplicada e a capacidade produtiva nacional.

A média anual de produção de semente de primeira geração é de 185 toneladas, quantidade considerada “ainda reduzida” para a materialização da visão do Governo de aumentar a produtividade agrícola nacional e reduzir a importação de sementes e insumos.

Institutos de Investigação com Nova Missão

O plano estratégico do Ministério da Agricultura prevê que o IIAM e os seus laboratórios realizem diagnósticos que assegurem a qualidade sanitária e nutricional dos alimentos, reforcem a melhoria genética animal e contribuam para aumentar a produção de rações e de culturas de rendimento.

“O IIAM precisa de passar de uma investigação meramente académica para uma pesquisa agrária virada para resultados e impacto económico directo”, afirmou Albino.

O ministro apelou também à autonomia técnica e financeira dos centros de investigação, de modo a garantir maior eficiência e continuidade dos projectos de pesquisa.

Rumo a um Novo Modelo de Inovação Agrária

O plano nacional prevê dois ciclos anuais de investigação aplicada, integrando universidades, centros de pesquisa, extensão rural e sector privado, com prioridade para culturas estratégicas como milho, arroz, soja, gergelim e feijões, além da pecuária.

Segundo Roberto Albino, o reforço da investigação “garantirá uma base sólida para a segurança alimentar, industrialização rural e redução da pobreza”.

O ministro reafirmou que o objectivo é colocar Moçambique no caminho da soberania alimentar plena até 2035, transformando o conhecimento científico em produtividade e competitividade económica.

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