BVM Entra em Nova Fase de Expansão e Modernização para Impulsionar a Economia Moçambicana

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  • Presidente do Conselho de Administração, Pedro Cossa, sublinha a necessidade de um mercado de capitais inclusivo, diversificado e alinhado com os desafios de desenvolvimento do país.
Questões-Chave:
  • Metas incluem diversificação de instrumentos financeiros, aumento da capitalização bolsista e reforço da literacia financeira;
  • Plano de modernização tecnológica para agilizar processos e aumentar a eficiência;
  • Forte aposta no financiamento de PME’s e na democratização do acesso ao mercado de capitais;
  • Articulação com reformas institucionais e políticas para tornar o mercado mais atractivo e competitivo;

A Bolsa de Valores de Moçambique (BVM) assinala o seu 25.º aniversário com a ambição de entrar numa nova fase de expansão, modernização e diversificação. O Presidente do Conselho de Administração, Pedro Cossa, defendeu que o mercado de capitais deve desempenhar um papel mais central no financiamento da economia e na promoção de um desenvolvimento inclusivo e sustentável.

No seu discurso, Pedro Cossa destacou que os 25 anos de actividade da BVM representam um percurso de resiliência, mas também de aprendizagem e adaptação a um contexto económico em constante mudança. Sublinhou que a instituição está agora preparada para “um salto qualitativo” no seu posicionamento como catalisador do investimento e da poupança interna.

Entre as prioridades estratégicas, o PCA apontou a diversificação dos instrumentos financeiros, ampliando as oportunidades para empresas e investidores. “Precisamos de um mercado que ofereça mais do que acções e obrigações; é urgente introduzir novos produtos que respondam às diferentes necessidades de financiamento e de investimento”, afirmou.

Outro vector de intervenção será o financiamento das pequenas e médias empresas, que, segundo Cossa, constituem a espinha dorsal da economia nacional. “A BVM deve ser um parceiro efectivo das PME’s, criando condições para que estas possam aceder a capital em condições competitivas e transparentes”, defendeu.

A modernização tecnológica surge como elemento crucial para aumentar a eficiência e a competitividade do mercado. O dirigente revelou que estão em curso investimentos para agilizar processos de listagem, negociação e supervisão, garantindo maior transparência e segurança nas operações. “O futuro do mercado de capitais será também digital, e a BVM está a preparar-se para isso”, assegurou.

Pedro Cossa sublinhou ainda a importância da literacia financeira como condição para a democratização do acesso ao mercado. “Não podemos falar de inclusão financeira sem garantir que os cidadãos compreendem os instrumentos e os riscos associados. A literacia é a base de um mercado saudável e sustentável”, disse.

O PCA defendeu uma maior articulação com as reformas institucionais e políticas em curso, de forma a tornar o mercado mais atractivo para investidores nacionais e estrangeiros. Para tal, apelou à cooperação entre o Estado, o sector privado e os parceiros internacionais. “Um mercado de capitais robusto não se constrói isoladamente; é o resultado de um esforço conjunto e continuado”, afirmou.

Ao encerrar a sua intervenção, Cossa reiterou a visão de que a BVM deve assumir-se como instrumento estratégico de desenvolvimento económico, capaz de mobilizar poupança, canalizar investimentos e contribuir para a diversificação e transformação da economia moçambicana. “Os próximos 25 anos da BVM serão definidos pela nossa capacidade de inovar, incluir e crescer”, concluiu.

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