
Corrida à liderança da Confederação das Associações Económicas aquece | Álvaro Massingue mantém candidatura à presidência da CTA apesar de exclusão polémica
Presidente da Câmara de Comércio de Moçambique acusa direcção da CTA de actuação antiética e manobra eleitoral; entidade invoca violações estatutárias e interferência no processo eleitoral
Destaques
- Massingue rejeita decisão da CTA e reitera candidatura à presidência;
- Conselho Directivo da CTA alega interferência eleitoral e violações dos estatutos;
- Acusação envolve regularização massiva de quotas com origem duvidosa;
- CCM denuncia “manobra desesperada” por parte de concorrentes;
- Eleições internas da CTA estão agendadas para Maio de 2025.
O empresário Álvaro Massingue, presidente da Câmara de Comércio de Moçambique (CCM), declarou que manterá a sua candidatura à presidência da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), apesar da sua exclusão do processo eleitoral por deliberação do Conselho Directivo da organização. A decisão gerou polémica e acusações mútuas entre as duas entidades.
Num comunicado tornado público a 22 de Abril, a CCM classificou a decisão da CTA de “ilegal, antiética” e uma “manobra desesperada para obter vantagens eleitorais”. Segundo Massingue, a candidatura será formalmente submetida a 23 de Abril, ignorando a deliberação da CTA que o exclui por um período de 12 meses de toda e qualquer actividade eleitoral na instituição.
A decisão da CTA, tomada a 21 de Abril em sessão extraordinária do Conselho Directivo, baseia-se em alegadas irregularidades no processo de regularização de quotas de cerca de 34 associações afiliadas, o que, na óptica da entidade, configuraria uma tentativa de manipulação do processo eleitoral por parte de Massingue e da CCM. A CTA aponta também para a utilização de “fundos de origem obscura” e a violação dos princípios de equidade e transparência.
Massingue, por sua vez, desmente as acusações, alegando que não existe ilegalidade em pagar quotas de outras associações, e acusa a CTA de ignorar uma decisão judicial que lhe seria favorável. A controvérsia ganha contornos institucionais e jurídicos complexos, levantando preocupações sobre o ambiente de integridade no seio da principal plataforma representativa do sector privado moçambicano.
Para além da exclusão de Massingue, a CTA suspendeu a própria CCM, removendo-lhe os direitos estatutários de participação nas eleições previstas para Maio. Segundo o comunicado da entidade, tal medida visa salvaguardar a “integridade institucional” da confederação.
A presente disputa interna na CTA revela não apenas divergências profundas sobre a gestão do processo eleitoral, mas também um sintoma de fragilidade institucional que poderá comprometer a credibilidade da organização num momento em que o sector privado procura estabilidade, representatividade e uma voz forte no debate nacional sobre crescimento económico e reformas estruturais.
A eventual judicialização do processo ou a manutenção de uma candidatura suspensa por deliberação orgânica poderá lançar a CTA numa crise de legitimidade, com impactos no seu papel enquanto interlocutora privilegiada entre o Governo e os empresários. Mais do que uma disputa de cargos, está em jogo a confiança no modelo de governação associativa e na sua capacidade de representar os legítimos interesses do tecido empresarial moçambicano.
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