
Dólar dos EUA Mantém-se Estável À Medida que as Tarifas da China Entram em Vigor
O dólar dos EUA manteve-se estável na terça-feira, 04/02, à medida que os novos impostos sobre as importações da China entraram em vigor. As ameaças tarifárias do Presidente Donald Trump foram interpretadas mais como uma estratégia de negociação do que como um objectivo final. Isto ocorreu no dia seguinte à suspensão das medidas planeadas contra o México e o Canadá.
O Impacto das Tarifas nas Moedas
Com o início das tarifas de 10% sobre as importações da China, o índice do dólar dos EUA, que mede o valor da moeda americana em relação a uma cesta ponderada de seis moedas estrangeiras, manteve-se praticamente inalterado em 108,5 pontos. Enquanto isso, o dólar canadiano e o peso mexicano enfraqueceram após o fortalecimento observado na segunda-feira.
O euro também sofreu uma leve queda de 0,15%, sendo negociado a 1,033 dólares. O mercado ficou atento à possibilidade de a União Europeia ser a próxima na linha das tarifas, o que poderia aumentar a inflação nos EUA, favorecendo o dólar e mantendo as taxas de juro mais altas por mais tempo.
Perspectiva do Mercado
Embora os analistas apontem que as medidas da China, em resposta às tarifas dos EUA, sejam relativamente modestas, a situação continua instável. A China impôs tarifas sobre algumas importações dos EUA, aumentando a pressão no confronto entre as duas maiores economias do mundo. No entanto, os analistas afirmam que a China está cautelosa ao reagir contra as tarifas de Trump e está a deixar espaço para futuras negociações.
A moeda chinesa (yuan) registou uma queda de cerca de 0,15%, atingindo 7,2914 yuans por dólar no mercado offshore, embora os mercados do continente ainda estivessem fechados devido às festividades do Ano Novo Lunar.
Repercussões Globais e Expectativas
O dólar australiano, que frequentemente funciona como um proxy do yuan devido à forte exposição da economia australiana à China, caiu 0,35%, para 0,6206 dólares, recuperando-se ligeiramente dos baixos de segunda-feira.
Os analistas também destacam o impacto das tarifas dos EUA sobre a zona euro, com expectativas de que as medidas inflacionárias possam ter um efeito deflacionário na economia europeia, especialmente com a recente pressão sobre o Banco Central Europeu para cortar taxas de juros.
Enquanto isso, o dólar japonês permaneceu relativamente estável, com o iene visto como uma moeda de refúgio, enquanto o dólar americano subiu 0,38% para 155,31 ienes, refletindo o apetite dos investidores por activos mais seguros.
A situação continua a ser volátil, com os mercados globais ajustando-se ao impacto contínuo das tarifas e à incerteza política que ronda as negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China.
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