• Capacidade do terminal aumentará de 230 mil para 530 mil TEUs
  • Governo quer transformar o investimento em plataforma de inovação, emprego e inclusão
  • Apelo à modernização dos corredores ferroviários e à digitalização do sector
  • Logística é vista como vector estratégico e transformador do desenvolvimento
  • Concorrência regional obriga a mais eficiência e cooperação entre instituições
  • Ponte-cais da Ilha de Kanyaka destacada como exemplo de inclusão territorial

O Ministro dos Transportes e Logística, João Jorge Matlombe, referiu-se a expansão do Terminal de Contentores do Porto de Maputo, como “a materialização de uma visão de futuro” para Moçambique.

Com um investimento liderado pela DP World, o projecto prevê quase triplicar a capacidade do terminal, passando de 230 mil para 530 mil TEUs, consolidando o Porto de Maputo como hub logístico regional e porta estratégica de acesso aos mercados globais.

“Esta expansão deve ser mais do que física — deve ser uma âncora de desenvolvimento sustentável e inclusivo para o País”, afirmou o Ministro.

Ministro dos Transportes e Logística, João Jorge Matlombe

Mais do que Carga: Transformação Estrutural e Digitalização

O governante sublinhou que este tipo de investimento deve traduzir-se em mais do que movimentação de carga: deve gerar empregos qualificados, integração de PME’s nacionais, valorização das cadeias de valor locais e formação tecnológica para a juventude moçambicana.

Defendeu também o reforço da transformação digital do Porto de Maputo, apelando à automatização dos processos logísticos e à criação de um ecossistema colaborativo que envolva alfândegas, migração, operadores logísticos e tecnológicas como a McNet e a Kudumba.

“A logística não é apenas um sector de suporte — é um vector transformador do desenvolvimento”, declarou.

Ferrovia, Cooperação e Competição Regional

Num apelo directo à Empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), o Ministro pediu celeridade na modernização da infraestrutura ferroviária, incluindo aquisição de material circulante inteligente e automação de processos.

Lembrou que Moçambique enfrenta hoje a concorrência directa de portos como Richard’s Bay, Durban e Lobito, o que obriga a uma resposta firme em eficiência, inovação e cooperação regional.

“Precisamos manter a nossa vantagem competitiva num ambiente regional em rápida transformação.”

Investimento Social e Integração Territorial

Matlombe destacou ainda o investimento na ponte-cais da Ilha de Kanyaka como exemplo de como a logística pode ser também instrumento de inclusão social e territorial.

“Esta obra representa dignidade, conectividade e potencial turístico e económico para as comunidades locais.”

Logística Com Rosto Humano

Concluindo, o Ministro deixou uma mensagem clara: Moçambique não espera pelo futuro — está a construí-lo, com ambição, inovação e visão estratégica. Reafirmou a importância do investimento em curso no Porto de Maputo como parte de um plano de 2 mil milhões de dólares no quadro da extensão da concessão, e desafiou o sector a manter o ritmo de expansão, modernização e qualificação.

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