
FNB projecta crescimento económico de 4,9% no sector logístico em 2024
O FNB reuniu os agentes económicos da Provincia de Sofala, cidade da Beira, no seu “Business Economic Breakfast”, um evento que foi concebido para debater as oportunidades e desafios actuais do sector de transportes e logística e o seu impacto na economia local e regional.
Sob o tema “Transportes e Logística”, o evento contou com a presença de clientes, representantes de várias empresas, parceiros e quadros seniores do Banco. Durante o encontro, foram abordados diversos temas, incluindo as perspectivas económicas para Moçambique, o contexto do sector dos Transportes e Logística em Moçambique e na cidade da Beira, bem como as necessidades e desafios do sector.
Alfredo Mondlane, Responsável de Economia e Pesquisa de Mercado do FNB, destacou na ocasião a importância deste debate, afirmando que visa “melhorar o acesso à informação especializada sobre o sector logístico para o tecido empresarial moçambicano. Sabemos que é um sector preponderante para a economia nacional e que a cidade da Beira assume um papel fundamental, sendo o mais importante corredor logístico do país. Pretendemos melhorar a dinâmica económica e estar mais próximos dos nossos clientes, facultando-lhes ferramentas para a tomada de decisões mais informadas. O sector logístico representa uma das espinhas dorsais para o crescimento económico de Moçambique”.

Mondlane mostrou-se optimista quanto ao impacto económico do sector, citando estatísticas económicas: “após um crescimento de 5% em 2023, prevemos um crescimento do sector na ordem dos 4,9% em 2024. O sector logístico representa, actualmente, cerca de 8% do PIB nacional e tem vindo a receber investimentos consideráveis. Embora existam desafios associados ao país, estamos confiantes de que é um sector próspero e com tendência para crescer, nos próximos anos, a um ritmo de 5% ao ano, acompanhando o crescimento económico nacional”.
Félix Machado, Presidente da Associação Comercial da Beira e Director Executivo da Terramar Logística, também abordou os desafios do sector logístico: “não podemos negar que há vários desafios, especialmente ao nível das infraestruturas. Os nossos portos, corredores, a ferrovia, vias de acesso e sistemas aduaneiros precisam de funcionar eficazmente para atender à demanda do mercado. Há ineficiências no nosso corredor que não podemos ignorar”. Machado propôs que “o sector privado e o Governo unam esforços para refletir sobre como queremos gerir o nosso sistema de transportes, trazendo os números para a mesa com o objectivo de tornar os nossos corredores mais competitivos, avaliando a perspectiva de custo/benefício e eliminando a burocracia existente”.
Referindo-se à cidade da Beira, Machado destacou projectos relevantes que podem impulsionar o desenvolvimento do sector logístico, incluindo a expansão do sistema de pipeline, o aumento da capacidade da linha férrea de Machipanda, a construção de mais terminais de cargas, a melhoria da estrada de acesso ao Porto da Beira, a atracção de investimentos para o desenvolvimento das infraestruturas e a implementação de soluções tecnológicas para melhorar a eficiência do transporte.
Hedie Soberano, representante dos CFM, descreveu o trabalho em curso para a melhoria das infraestruturas existentes nas Linhas de Machipanda e Sena: “A linha férrea de Machipanda, que liga a Beira ao Zimbabwe, foi recentemente reabilitada para colmatar o estado de degradação em que se encontrava. Antes da intervenção, os comboios alcançavam uma velocidade máxima de 40 km/h, comprometendo a fluidez no transporte de carga. Após as intervenções, esta linha permite uma maior capacidade de transporte de carga, passando de 1.5 para 3.5 milhões de toneladas por ano, em menos tempo. Quanto à Linha de Sena, também apresenta desafios que já foram identificados e estão a ser abordados para melhorar a fluidez do transporte, à semelhança da Linha de Machipanda”.
Alfredo Mondlane concluiu, destacando o compromisso do FNB com o sector: “historicamente, o FNB tem um forte apetite de crédito pelo sector dos Transportes e Logística. Este debate promovido pelo Banco demonstra o nosso optimismo em relação a este segmento, que queremos continuar a promover para ajudar o país a expandir e crescer”.
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