Líderes globais prometem US$ 2,6 bilhões para erradicar poliomielite

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  • Anúncio feito na Cúpula Mundial da Saúde contou com mais de 3 mil cientistas e especialistas em saúde de 115 países
  • A proposta é financiar em 100% uma estratégia para eliminar a doença e ressurgimento de casos.
  • Deverão ser vacinadas 370 milhões de crianças anualmente, entre 2022 e 2026

Líderes de todo o mundo fizeram uma promessa de US$ 2,6 bilhões para acabar com a poliomielite. A promessa foi feita durante a Cúpula Mundial da Saúde, realizada em Berlim, na Alemanha.

A Iniciativa Global para Erradicação da Pólio, GPEI, na sigla em inglês, vai de 2022 a 2026 e pretende vacinar 370 milhões de crianças anualmente, nos próximos cinco anos, e seguir com a vigilância em 50 países

Vírus continua activo

O evento foi co-organizado pelo Ministério de Cooperação Económica e Desenvolvimento da Alemanha, BMZ. A ministra da pasta, Svenja Schulze, afirmou que nenhum lugar do mundo pode ser considerado seguro enquanto a pólio não for erradicada em todas as partes do globo.

Ela lembrou que nem mesmo a Alemanha está segura e que todas as nações devem ajudar a erradicar a doença. O país prometeu US$ 72 milhões no total sendo que US$ 35 milhões serão desembolsados ainda este ano. Para o próximo ano, a verba dependerá da aprovação do Parlamento, o Bundestag.

 O vírus da poliomielite selvagem é endêmico em apenas dois países: Paquistão e Afeganistão. Este ano, já foram registrados 29 casos da doença contra seis no ano passado. Um pequeno número de casos foi notificado no sudoeste de África ligados à cepa surgida no Paquistão. Em locais com baixa cobertura de vacina, o vírus segue se espalhando como partes da África, Ásia e Europa com novas ocorrências nos Estados Unidos, em Israel e no Reino Unido.

Para o Director-geral da Organização Mundial da Saúde, OMS, os casos de pólio este ano em países onde a doença já havia sido erradicada são um forte lembrete de que se o dever de casa não for feito, a doença poderá ressurgir no mundo. Tedros Ghebreyesus chamou a atenção para a urgência de financiamento da estratégia num momento de desafios macroeconómicos no mundo para países, governos e parceiros. Austrália, França e Alemanha lideram a lista de promessas de recursos seguidos por Japão, Coreia do Sul, Luxemburgo. A relação também inclui Espanha, Turquia e Estados Unidos. A Fundação Bill e Melinda Gates designou US$ 1,2 bilhão e a UNICEF, US$ 5 milhões.

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