
Mais de 500 empresas vandalizadas e 12.000 desempregados: Impactos das Manifestações Pós-Eleitorais
As violentas manifestações pós-eleitorais em Moçambique têm gerado um rastro de destruição e insegurança, resultando no vandalismo de mais de 500 empresas e no desemprego de cerca de 12.000 pessoas, segundo a Confederação das Associações Económicas (CTA). O caos económico e social agrava-se com a destruição de infraestruturas essenciais, especialmente na província de Maputo, que concentra a maior parte do tecido industrial do país.
Impactos no tecido empresarial
De acordo com Onório Manuel, Vice-Presidente do Pelouro de Indústria da CTA, muitas das indústrias afectadas incluem as maiores empresas alimentícias do País. “Estamos a falar das maiores indústrias alimentícias do País, que já estão com equipamentos danificados e infraestruturas completamente destruídas”, afirmou. O encerramento dessas empresas não só contribui para o desemprego em massa, mas também para a escassez de produtos alimentares, com previsões de aumentos significativos nos preços.
O cenário de insegurança também tem levado muitos empreendedores a considerar fechar permanentemente as suas operações. A incerteza económica gerada por essa instabilidade política e social é uma barreira adicional ao desenvolvimento sustentável do país.
Contexto político e social
As manifestações tiveram início após o Conselho Constitucional proclamar Daniel Chapo, candidato da Frelimo, como vencedor das eleições presidenciais de 2024, com 65,17% dos votos. Este resultado foi amplamente contestado pelos apoiantes de Venâncio Mondlane, que obteve apenas 24%, segundo os resultados oficiais. A onda de protestos inclui barricadas, saques e confrontos violentos com a polícia, que tem usado munições reais para tentar conter os manifestantes.
O vandalismo de infraestruturas empresariais e industriais tornou-se uma expressão da insatisfação popular, afectando tanto a economia local quanto as condições de vida da população.
Consequências económicas e sociais
As consequências das manifestações vão além dos prejuízos materiais. O aumento do desemprego e a escassez de produtos alimentares colocam pressão adicional sobre as famílias moçambicanas, enquanto os investidores nacionais e estrangeiros repensam seus planos para o país.
A CTA alerta que, caso a situação se mantenha, o número de desempregados e o impacto económico poderão ser ainda maiores. “Se a situação prevalecer, mais pessoas poderão perder o emprego”, afirmou Onório Manuel.
As manifestações pós-eleitorais em Moçambique destacam a fragilidade do cenário político e económico do país. A destruição de infraestruturas, o aumento do desemprego e a perda de confiança por parte de investidores são consequências graves que requerem uma resposta urgente e coordenada. Garantir a estabilidade política e a segurança económica é essencial para evitar um colapso mais profundo e promover um caminho sustentável para o desenvolvimento.
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