
Mercados Energéticos Em Alerta: Petróleo Reage à Abertura da China para Diálogo com os EUA, Mas Incertezas Persistem
- Pequim avalia retomar negociações com Washington enquanto os cortes da OPEP+ perdem força e novas sanções ao Irão ganham relevo
Os preços do petróleo registaram uma ligeira subida esta sexta-feira, 2 de Maio, após a China manifestar abertura para relançar o diálogo comercial com os Estados Unidos, atenuando momentaneamente os receios de uma recessão global que tem afectado fortemente o mercado petrolífero.
Destaques
- Brent sobe para US$ 62.22/barril; WTI para US$ 59.30/barril
- Para a semana, ambos os índices acumulam perdas de 6 a 7%
- China admite avaliar proposta dos EUA para retomar negociações comerciais
- Tensão sobre aumento da oferta da OPEP+ persiste
- Trump volta a ameaçar sanções secundárias ao petróleo iraniano
Os mercados internacionais de energia registaram uma ligeira recuperação esta sexta-feira, com o petróleo Brent a valorizar 0,1%, fixando-se em US$ 62.22/barril, e o WTI a subir também 0,1%, para US$ 59.30/barril. Apesar do alívio momentâneo, ambos os índices caminham para perdas semanais acentuadas, em torno de 6% a 7% — os maiores recuos mensais em mais de um mês.
A inversão de tendência foi impulsionada pela sinalização de Pequim de que está a considerar retomar negociações comerciais com os Estados Unidos, numa tentativa de resolver a disputa tarifária iniciada pela Administração Trump. A medida surge num contexto de crescente receio de que o prolongamento da guerra comercial possa levar a economia mundial à recessão e, consequentemente, reduzir a procura global de petróleo.
“Existe algum optimismo quanto ao reatamento das relações comerciais entre os EUA e a China, mas os sinais são ainda muito incipientes”, comentou Harry Tchilinguirian, do grupo Onyx Capital. “É uma situação volátil: um passo em frente, dois atrás.”
Paralelamente, as ameaças renovadas de Donald Trump de impor sanções secundárias aos países que continuarem a comprar petróleo ao Irão adicionaram tensão ao mercado. A China, principal cliente do crude iraniano, poderá ser directamente visada por estas medidas, caso as conversações nucleares entre Washington e Teerão permaneçam suspensas.
As declarações de Trump, realizadas na véspera, provocaram uma valorização de quase 2% nos preços do petróleo, revertendo parte das perdas anteriores e antecipando nova volatilidade, sobretudo com a aproximação da reunião da OPEP+, marcada para 5 de Maio.
Segundo fontes da Reuters, vários países do cartel, incluindo a Arábia Saudita, sinalizaram a intenção de não continuar a suportar os preços através de novos cortes, prevendo-se mesmo um aumento da produção para Junho.
“Com a produção não-OPEP+ a aumentar e a procura global em desaceleração estrutural, o grupo terá de enfrentar alguma dor nos preços, independentemente de quando decidir desfazer os seus cortes actuais”, alertou a Fitch Solutions (BMI Research).
Neste quadro, o mercado petrolífero permanece sob pressão combinada de factores geopolíticos, comerciais e estruturais, que alimentam incertezas quanto ao comportamento futuro dos preços.
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