Millennium BIM Celebra 30 Anos Entre Herança, Transformação E Nova Ambição Para O Futuro Económico De Moçambique

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Os discursos do PCA, Moisés Jorge, e do PCE, Rui Manuel Pereira, revelam uma instituição que olha para o passado com sentido de missão e para o futuro com visão estratégica, em alinhamento com os desafios geopolíticos, financeiros e estruturais do país.

Questões-Chave:
  • O PCA sublinha a evolução histórica do banco desde 1995 e a importância da sua parceria com o Estado moçambicano;
  • Moisés Jorge destaca o papel do BIM como instituição de confiança, com forte ADN nacional e compromisso com o emprego jovem e feminino;
  • O PCE enquadra os 30 anos do banco num momento crítico para a economia global e para a inserção geopolítica de Moçambique;
  • Rui Manuel Pereira defende visão, colaboração e acção coordenada como pilares para enfrentar volatilidade internacional e acelerar a transformação económica;
  • A conferência reforça o papel do sistema financeiro na diversificação, industrialização e inclusão económica do país.

A celebração dos 30 anos do Millennium BIM tornou-se mais do que um marco institucional: foi um exercício de reflexão estratégica sobre o papel do sistema financeiro na transformação económica de Moçambique. Entre a memória histórica evocada pelo PCA, Moisés Jorge, e a leitura geopolítica e prospectiva exposta pelo PCE, Rui Manuel Pereira, emergiu a imagem de um banco que se assume como actor estrutural na economia nacional, parceiro do Estado e plataforma de confiança para o sector privado num momento de grandes incertezas globais.

A Herança Dos 30 Anos: Um Banco Construído Com Moçambique E Para Moçambique

Ao revisitar a génese e o percurso do banco, o PCA, Moisés Jorge, apresentou um retrato íntimo e institucional da evolução do Millennium BIM desde a sua fundação em 1995. Recordou que o banco começou “com 58 colaboradores, dos quais 24% eram mulheres”, e salientou com orgulho que hoje as mulheres representam 53% da força laboral, um sinal de transformação cultural, social e de aposta na meritocracia.

Na mesma linha, sublinhou o processo de moçambicanização da instituição: “Hoje temos 99,44% de moçambicanos e apenas 0,56% de estrangeiros”, resultado de uma estratégia continuada de formação, atracção e desenvolvimento de talentos nacionais.

O PCA afirmou ainda que possui uma “obsessão saudável” pela formação e retenção de jovens, insistindo que o futuro do banco — e do país — depende da capacidade de integrar novas gerações em funções estratégicas. Realçou igualmente que o Millennium BIM paga impostos e distribui dividendos substanciais, tendo contribuído, nos últimos cinco anos, com aproximadamente 300 milhões de dólares em impostos e 450 milhões em dividendos para os seus accionistas, incluindo o Estado.

O discurso incluiu também um momento de memória institucional, homenageando figuras centrais da fundação do banco, como Mário Machungo, Lima Félix e o Engenheiro Jardim Gonçalves, reconhecidos como pilares de uma parceria público-privada que, nas palavras de Moisés Jorge, “quebrou o afropessimismo e fez do BIM o banco que é hoje”.

Moisés Jorge

Um Banco Para Pessoas, Empresas E O Estado: A Visão Institucional Do PCA

Moisés Jorge reforçou a identidade do BIM como banco “feito pelas pessoas, para resolver problemas de pessoas”, assumindo-se simultaneamente como instituição de confiança para pequenas e médias empresas, grandes projectos e para o próprio Governo.

Alertou, contudo, para a necessidade de maior responsabilidade financeira dos próprios empresários, afirmando que os projectos devem começar com investimento próprio antes de recorrer à banca, sob pena de aumentarem o risco e a vulnerabilidade em ciclos económicos adversos.

Garantiu ainda que o Millennium BIM continuará a ser um parceiro estratégico do Estado, do regulador e do sector privado, sublinhando: “Conte com o BIM. É um parceiro fiável, confiável e disponível.”

Geopolítica, Economia Global E As Novas Prioridades Para Moçambique

No seu discurso, o PCE, Rui Manuel Pereira, deslocou o foco para a dimensão internacional e estratégica, lembrando que o mundo atravessa “simultaneamente riscos e oportunidades”, marcados pela volatilidade geopolítica e pela redefinição dos fluxos económicos globais.

Sublinhou que Moçambique se encontra numa fase crucial, com potencial para se afirmar como produtor estratégico de energia, atrair investimento e acelerar a diversificação económica, em particular através da industrialização e da integração em cadeias regionais de valor.

Visão, Colaboração E Acção Coordenada: As Bases Para Um Futuro Sustentável

Pereira defendeu que as respostas aos desafios económicos exigem três ingredientes essenciais: “visão, colaboração e acção coordenada”.

Rui Manuel Pereira

Realçou o valor da conferência como plataforma para gerar ideias transformadoras, capazes de se traduzirem em políticas e iniciativas concretas. Sublinhou, também, a importância da presença de figuras como o Ministro da Planificação e Desenvolvimento, Salim Valá, que apresentaria o Plano de Recuperação e Crescimento Económico, e da participação de especialistas em industrialização, conteúdo local e digitalização.

Ao enquadrar a conferência no contexto de rápidas mudanças globais, o PCE destacou que “o objectivo é simples: criar um espaço de encontro, fomentar o diálogo e reforçar pontes entre o sector público, o sector privado e os parceiros de desenvolvimento”.

Um Apelo À Acção: Do Debate À Implementação

Num tom mobilizador, Rui Manuel Pereira afirmou que a conferência não é apenas “um espaço de debate, mas um convite à acção”, defendendo que as ideias discutidas devem materializar-se em iniciativas que acelerem a transformação económica do país.

Referiu, ainda, a honra da participação do Presidente da República, Daniel Chapo, no encerramento do evento, sublinhando a importância atribuída pelo Estado ao sector financeiro como agente de desenvolvimento.

30 Anos Que Olham Para O Futuro

O Millennium Bim projecta-se após, 30 anos, como uma instituição com um futuro de maior ambição económica.  

Os lideres da instituição, conscientes da sua história, reiteram que o banco está firme no seu papel económico e preparado para enfrentar um mundo mais competitivo, mais volátil e mais exigente, reafirmando o compromisso de continuar a ser um pilar da estabilidade financeira e do desenvolvimento nacional.

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