Moçambique Sai da Lista Cinzenta: Um Marco de Unidade e Compromisso Nacional

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O país celebra um passo histórico no reforço da sua credibilidade internacional, após três anos de reformas estruturais, cooperação institucional e compromisso com as boas práticas de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo.

Questões-Chave:
  • O GAFI anunciou oficialmente, às 9h15m de 24 de Outubro de 2025, a saída de Moçambique da Lista Cinzenta;
  • A decisão reflete progressos significativos no combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo;
  • O esforço conjunto do Governo, instituições do Estado, setor privado e sociedade civil foi determinante para o resultado;
  • A Ministra das Finanças, Carla Loveira, representou o Governo na plenária do GAFI, em Paris, reafirmando o compromisso de preservar os avanços alcançados;
  • O país reforça a sua posição de parceiro credível no sistema financeiro internacional e abre um novo ciclo de confiança económica e institucional.

Moçambique saiu oficialmente da Lista Cinzenta do Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI), num anúncio proferido esta manhã, às 9h15m, durante a plenária do organismo em Paris.
A decisão marca o culminar de um processo de reformas técnicas e institucionais profundas, que reposiciona o país no mapa da integridade financeira global e reafirma o compromisso nacional com a transparência e a boa governação.

Reformas, Persistência e Cooperação

O anúncio representa três anos de intenso trabalho técnico e diplomático, em que o país consolidou a cooperação entre o Governo, o Banco de Moçambique, o setor financeiro, a Procuradoria-Geral da República, o Gabinete de Informação Financeira de Moçambique (GIFiM), o setor privado e a sociedade civil.
O plano de acção nacional incluiu revisões legislativas, fortalecimento institucional e aprimoramento dos mecanismos de supervisão — mudanças estruturais que permitiram ao GAFI reconhecer o cumprimento integral das recomendações pendentes.

A Ministra das Finanças, Carla Loveira, representando o Governo, destacou na sua intervenção que esta conquista “pertence a todos os moçambicanos que acreditam na força da integridade, da persistência e da união em torno de um mesmo propósito: o fortalecimento do nosso país”.

Um Marco de Soberania e Responsabilidade Nacional

Sair da Lista Cinzenta representa mais do que uma correção técnica — é um ato de soberania e de responsabilidade nacional.
A permanência prolongada na lista implicava riscos reputacionais, restrições ao investimento e exigências adicionais nas transações financeiras internacionais.
A saída reforça a confiança dos parceiros multilaterais e do setor financeiro internacional, ao mesmo tempo que reduz o custo de capital e de intermediação bancária para as empresas nacionais.

Mais do que um resultado administrativo, a decisão confirma a capacidade de Moçambique corrigir fragilidades, consolidar instituições e afirmar-se como um Estado comprometido com as boas práticas internacionais.

Nova Etapa: Sustentar os Avanços

O Governo reconhece, contudo, que esta vitória não marca o fim da caminhada.
A prioridade passa agora por preservar e consolidar os progressos alcançados, mantendo a coesão institucional, o diálogo entre setores e o compromisso com a transparência e a integridade.
Esta nova fase exigirá disciplina, vigilância e o fortalecimento contínuo das capacidades técnicas das instituições financeiras e de supervisão.

O reforço das políticas de compliance, a modernização dos sistemas de reporte financeiro e a promoção de educação cívica e financeira estão entre as medidas prioritárias para evitar retrocessos.

Unidade Nacional e Confiança Internacional

A saída da Lista Cinzenta simboliza uma vitória colectiva, que pertence a todos os moçambicanos.
É o reconhecimento de que a união e a persistência são instrumentos decisivos para restaurar a credibilidade e fortalecer a economia.
Com este passo, Moçambique envia uma mensagem clara à comunidade internacional: é um parceiro fiável, resiliente e comprometido com os princípios da integridade e da boa governação.

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