Pertamina cancela acordo de compra 13,1 milhões de t/ano, de GNL de Moçambique
A Pertamina, empresa estatal indonésia, cancelou o seu acordo de compra de 1 milhão de t/ano por 20 anos do planeado terminal de GNL de Moçambique de 13,1 milhões de t/ano, confirmou à Argus [ uma organização de mídia independente, que se dedica a produção de relatórios de preços e análises para os mercados internacionais de energia e outras commodities] na sexta-feira, 08 de Dezembro, um porta-voz da empresa.
“Não há [penalização] porque há força maior, por isso é um acordo entre ambas as partes”, disse Pertamina. A empresa assinou o contrato de compra e venda em 2019.
A TotalEnergies ainda não fez qualquer comentário em resposta a uma pergunta da Argus sobre a forma como o cancelamento da Pertamina poderia afectar o projecto e se a nova capacidade seria comercializada.
Desde que os contratos de compra e venda foram assinados, nenhuma outra empresa anunciou publicamente o seu cancelamento. “Os contratos de GNL para Moçambique não foram afectados”, afirmou o Presidente Executivo da TotalEnergies, Patrick Pouyanne, em 27 de Abril.
De acordo com a Argus, os preços dos contratos de compra ligados ao petróleo aumentaram nos últimos anos, pelo que, se os compradores optarem por sair e assinarem novos acordos com outros projectos, é provável que paguem mais. As inclinações ligadas ao petróleo aumentaram nos últimos anos de cerca de 10 a 13pc, disse o vice-presidente da BP para o comércio de GNL, Jonty Shepard, na Cimeira Mundial de GNL em Atenas, na semana passada.
A Indonésia considerou a possibilidade de limitar as suas próprias exportações de GNL para garantir um abastecimento de gás suficiente para as suas próprias necessidades, à medida que a produção interna diminui. O país exporta GNL, mas não tem acordos de compra para além de 2027 a partir do seu terminal de Bontang de 11,5 milhões de t/ano.
