Petróleo amplia os ganhos semanais, subindo 1% com a persistência da tensão no Mar Vermelho

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Os preços do petróleo subiram 1% nesta sexta-feira, 22 de Dezembro, com a persistência das tensões no Médio Oriente após os ataques Houthi a navios no Mar Vermelho, embora a decisão de Angola de deixar a OPEP tenha levantado questões sobre a eficácia do grupo em apoiar os preços.

Os futuros do petróleo bruto Brent subiam 86 cêntimos, ou 1,1%, para US$ 80,25 dólares por barril, às 04:09 GMT, enquanto os futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate dos EUA subiam 81 cêntimos, ou 1,1%, para US$ 74,70 dólares por barril.

Ambos os contratos também subiram mais de 4% pela segunda semana consecutiva, uma vez que a preocupação com o transporte marítimo no Mar Vermelho impulsionou os preços.

Os preços do petróleo poderão registar uma recuperação “devido aos conflitos geopolíticos e à iminente implementação dos cortes de produção da OPEP”, disse Leon Li, analista da CMC Markets em Xangai.

“Assim, é provável que ocorra um pequeno défice de oferta em janeiro do próximo ano, e o petróleo bruto WTI poderá subir para US$ 75 a 80 dólares por barril”.

Mais transportadoras marítimas estão a evitar o Mar Vermelho devido aos ataques a navios levados a cabo em apoio aos palestinianos pelo grupo militante Houthi do Iémen, causando perturbações no comércio global através do Canal do Suez, que movimenta cerca de 12% do comércio mundial.

A Hapag-Lloyd, da Alemanha, e a OOCL, de Hong Kong, foram as últimas empresas a declarar que iriam evitar o Mar Vermelho, reencaminhando os navios ou suspendendo a navegação.

Na terça-feira, os EUA lançaram uma operação multinacional para salvaguardar o comércio no Mar Vermelho, mas os Houthis disseram que continuariam a efetuar ataques.

Os analistas dizem que o impacto no fornecimento de petróleo tem sido limitado até agora, uma vez que a maior parte do crude do Médio Oriente é exportada através do Estreito de Ormuz.

O Ministro do Petróleo angolano disse na quinta-feira, 21 de Dezembro, que a adesão do país à Organização dos Países Exportadores de Petróleo não estava a servir os seus interesses. Angola já tinha protestado contra a decisão do grupo alargado OPEP+ de reduzir a quota de produção de petróleo do país para 2024.

Nos últimos meses, o grupo de produtores liderado pela Arábia Saudita tem vindo a reunir apoio para aprofundar os cortes na produção e aumentar os preços do petróleo.

A Arábia Saudita, a Rússia e outros membros da OPEP+, que bombeiam mais de 40% do petróleo mundial, concordaram em efetuar cortes voluntários na produção, totalizando cerca de 2,2 milhões de barris por dia (bpd) para o primeiro trimestre de 2024.

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