
Regresso à produção em pleno da açucareira da Maragra poderá ser em 2026
- Açucareira da Maragra, na província de Maputo, poderá retomar plenamente a produção em 2026, tendo para o efeito iniciado, recentemente, a reabilitação das áreas afectadas pelas inundações verificadas em princípios do ano passado.
Esta informação foi assegurada ao “Notícias” pelo Presidente do Conselho Municipal da Manhiça, Alexandre Munguambe.
“De acordo com informações até aqui dadas a conhecer, a empresa poderá ter a primeira campanha em 2026”. O autarca explicou que, tendo em conta estas perspectivas, decorre a reabilitação de diques para o reforço da protecção dos campos de cultivo da cana-sacarina.
“A Maragra agora está a trabalhar na reabilitação dos diques, trabalho sem o qual não se deve plantar. O processo está a decorrer bem. Quando terminar essa parte vai trabalhar-se nas drenagens e, por conseguinte, noutros pontos”, elucidou.
Os diques, com uma extensão de 57 quilómetros, sofreram rompimentos em quatro pontos, aquando das cheias.
A empresa foi lesada, também, em outros aspectos, nomeadamente sistemas de irrigação, fornecimento de electricidade, drenagem e equipamento diverso. A estes danos adiciona-se a perda de 470 mil toneladas de cana-de -açúcar.
Para responder aos prejuízos e concluir a reabilitação, a Maragra estima as necessidades em US$ 100 milhões, nomeadamente para garantir a manutenção do equipamento danificado, assegurar o ciclo de produção e funcionamento da máquina empresarial da açucareira.
Entretanto, sobre a verba, Alexandre Munguambe disse não ter informação se todo dinheiro já foi mobilizado.
A Maragra Açúcar, SA situa-se no distrito da Manhiça, a 80 quilómetros a Norte da província de Maputo. Produz em média 80 mil toneladas de açúcar por ano, fruto de mais de 460 mil toneladas de cana cultivada nas suas áreas. É detida em 99 por cento pela Illovo, um grupo sul-africano presente em seis países da África Austral, e em um por cento por um investidor privado.
Recorde-se que em finais de Janeiro passado, Director-Executivo da Associação de Produtores de Açúcar de Moçambique, Orlando da Conceição, garantiu stock de açúcar para alimentar o mercado nacional e para exportação, pesar da paralisação da produção.
Entretanto, as projecções de 2023 apontavam para uma redução na produção para cerca de 200 mil toneladas, menos 100 mil do que a média dos últimos anos.
“Não vai faltar açúcar, pois existe o produto mais do que suficiente para abastecer o mercado”, explicou.
Orlando da Conceição argumentou que, apesar de a Açucareira da Maragra ser importante, outros produtores como as fábricas de Xinavane e Mafambisse, continuam a abastecer o mercado.
Enfatizou que, nos últimos dez anos, a média de produção tem sido de cerca de 350 mil toneladas/ano, num contexto em que o país absorve apenas metade desta quantidade, e algumas vezes nem isso se consome.
Acrescentou que outro ponto tranquilizador está relacionado ao facto de além de se garantir a disponibilidade interna, haver produção suficiente para a exportação, principalmente para os Estados Unidos da América e a Europa.
No mesmo quadro, o director- executivo da associação dos produtores de açúcar disse que o mercado aguarda a retoma das actividades da açucareira da Maragra.
Lembrou que a açucareira “não está em crise. Houve um fenómeno natural, as cheias, que inviabilizou a produção, interrompendo o seu processo de produção. Ela voltará a operar”, assegurou.
Em 2021, Moçambique passou para a categoria de exportador de açúcar. O país que já alcançou a auto-suficiência na produção de açúcar refinado, exporta para países como Itália, Espanha e demais da Europa. A previsão de crescimento para 2022 era de 4%.
MOÇAMBIQUE APOSTA NA PRODUÇÃO DE RAÇÕES PARA REVERTER QUEDA NA AVICULTURA
30 de Outubro, 2025
Mais notícias
-
21ª edição do #Ideate arranca a 15 de Agosto
20 de Julho, 2022 -
AIMO reitera pertinência acesso sustentável a energia de qualidade
17 de Novembro, 2022
Conecte-se a Nós
Economia Global
-
EXXONMOBIL CANCELA BRIEFING SOBRE PROJECTO DE 30 MIL MILHÕES USD EM MOÇAMBIQUE
30 de Outubro, 2025 -
METAIS RAROS: A MATÉRIA-PRIMA INVISÍVEL QUE MOVE A NOVA ECONOMIA MUNDIAL
30 de Outubro, 2025
Mais Vistos
Sobre Nós
O Económico assegura a sua eficácia mediante a consolidação de uma marca única e distinta, cujo valor é a sua capacidade de gerar e disseminar conteúdos informativos e formativos de especialidade económica em termos tais que estes se traduzem em mais-valias para quem recebe, acompanha e absorve as informações veiculadas nos diferentes meios do projecto. Portanto, o Económico apresenta valências importantes para os objectivos institucionais e de negócios das empresas.
últimas notícias
-
EXXONMOBIL CANCELA BRIEFING SOBRE PROJECTO DE 30 MIL MILHÕES USD EM MOÇAMBIQUE
30 de Outubro, 2025 -
METAIS RAROS: A MATÉRIA-PRIMA INVISÍVEL QUE MOVE A NOVA ECONOMIA MUNDIAL
30 de Outubro, 2025
Mais Acessados
-
Economia Informal: um problema ou uma solução?
16 de Agosto, 2019 -
LAM REDUZ PREÇO DE PASSAGENS EM 30%
25 de Maio, 2023
















