Remessas de emigrantes da África Subsaariana poderão reduzir em 9% em 2020

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As remessas para a África Subsaariana poderão diminuir em cerca de 8,8% em 2020, de 48 mil milhões, registados em 2019, para USD 44 mil milhões devido à pandemia da COVID‐19, revelam dados publicados recentemente pelo Banco Mundial (BM).

O declínio dos fluxos de remessas é atribuído à uma combinação de factores, todos impulsionados pela crise pandémica nos principais países de destino, incluindo os países da União Europeia (UE), os Estados Unidos, a China e Países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), avança o Banco Mundial. “Como a pandemia COVID‐19 afecta tanto o destino como a origem países de migrantes subsaarianos, espera-se que o declínio das remessas nos países de origem aumente ainda mais”, refere.

Em um Sumário sobre a Migração e Desenvolvimento, o Banco Mundial (BM) aponta que a Nigéria continua a ser o maior destinatário de remessas na região, com remessas previstas a diminuir para USD  21,7 mil milhões em 2020. Gana, Quénia e o Senegal ocupam o segundo, terceiro e quarto lugar na região, com um montante recebido estimado de USD 3,2 mil milhões, USD 2,9 mil milhões e USD 2,3 mil milhões, respectivamente. “ O Quénia é o único país na região onde as entradas de remessa têm sido até agora contracíclicos  à crise, embora é provável que os fluxos desçam eventualmente em 2021”, aponta a fonte.

É expectável que esta tendência de declínio continue em 2021, ano em que se prevê que as remessas diminuam cerca de 5,8% para USD 41 milhões. Para países onde as remessas representam uma grande parte do PIB, prevê-se uma queda acentuada dos fluxos de remessas para 2020 e 2021. Espera-se que o declínio das remessas nos países de origem aumente ainda mais, levando a uma diminuição das receitas cambiais, um aumento da insegurança alimentar e da pobreza, e um declínio no PIB global e, consequentemente, colocando em risco os ganhos de desenvolvimento das últimas décadas.

Relativamente aos custos, o BM avança que a África Subsaariana é a região mais dispendiosa para enviar remessas,  sendo que o envio de 200 dólares em remessas para a África Subsaariana custou, em média, 8,5% no 3º trimestre 2020. “Trata-se de uma diminuição modesta em comparação com o custo médio de 9% no ano anterior”, lê-se no documento.

A nível global, a Instituição Financeira Internacional estima que à medida que a pandemia e a crise económica do COVID-19 continuam a espalhar-se, a quantidade de dinheiro que os trabalhadores migrantes enviam para casa deverá diminuir 14% até 2021 em comparação com os níveis pré-COVID-19 em 2019.

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