Robustez Empresarial estagna

No retrato periódico que faz ao desempenho do sector empresarial, a CTA, revela que o Índice de Robustez Empresarial estagnou no IV Trimestre, tendo se fixado em 29%, quer dizer, o mesmo observado no III Trimestre.

A CTA adianta que diversos factores contribuíram para tendência verificada, destacando-se, o impacto da deterioração em 3 pontos percentuais do índice do ambiente macroeconómico, de 50% para 47%, entre o III e o IV trimestres, factores que se reflectiram no aumento de custos de produção e nos encargos empresariais com o sector financeiro.

No “Economico Briefing”, feito esta terça-feira, 21/03, a CTA revelou que, de acordo com o seu estudo, a competitividade industrial foi impulsionada pela propensão marginal de consumo de bens locais que resulta dos investimentos privados realizados na indústria transformadora, com destaque para a alimentar.

Do lado do emprego, o índice “continuou a denotar as fragilidades do mercado de trabalho, situando-se em 108,55%, com maior preferência para empregos temporários e em tempo parcial”.

“É, porém, nossa expectativa que a dinâmica registada na revisão da Lei do Trabalho irá influenciar positivamente a criacão de mais oportunidades de emprego, com a previsível aprovacão deste instrumento pela Assembleia da República”. Disse o Presidente da CTA, Agostinho Vuma, intervindo no encontro.

Nota ainda para o mercado imobiliário, o qual é reconhecido  sinais de crescimento e recuperação do acentuado declínio registado a partir de 2016, por conta do início da recessão económica que colocou os preços numa queda média de 40%, e dos impactos resutantes das medidas restrictivas impostas por causa da pandemia da COVID 19. 

“Esta tendência leva-nos a acreditar que, este ano, vamos registar um maior dinamismo, impulsionado pela retoma do projecto do gás liquefeito da Bacia do Rovuma que vai, de certa forma, aumentar a procura dos serviços do sector”. Disse Agostinho Vuma.