
TotalEnergies revela que a perfuração de poços no Bloco 9 offshore do Líbano começará no terceiro trimestre
- Notícias não confirmadas indicam que, sobre Moçambique, a Total deverá anunciar retoma do projecto na Área 1, até Março deste ano
A TotalEnergies está empenhada em começar a perfuração no Bloco 9 offshore do Líbano “o mais rápido possível”, com avaliações para começar no início do próximo mês e perfuração de poços para iniciar no terceiro trimestre de 2023 , disse seu CEO, Patrick Pouyanne, no domingo, 29/01.
Pouyanne fez essas declarações em conferencia de imprensa conjunta em Beirute depois de assinar um acordo de consórcio de três vias com a QatarEnergy e a Eni (ENI.MI) para explorar petróleo e gás em dois blocos marítimos na costa do Líbano, conhecidos como Blocos 4 e 9.
Após meses de negociações, a QatarEnergy assumiu uma participação de 30% no consórcio, deixando a TotalEnergies e a Eni com 35% cada.
O Líbano espera que as descobertas o ajudem a reverter uma crise económica aguda que custou à moeda local mais de 97% de seu valor, corroeu as reservas estrangeiras do país e causou apagões contínuos em vilas e cidades.
Pouyanne disse que uma embarcação chegaria às águas libanesas em 6 de Fevereiro para realizar uma pesquisa ambiental no Bloco 9, “e planeamos perfurar durante o terceiro trimestre do ano”.
O CEO da Eni, Claudio Descalzi, disse que a exploração pode oferecer uma “grande oportunidade” para o Líbano, já que o mundo enfrenta uma grande falta de gás.
“Do ponto de vista geológico, tenho certeza” sobre uma descoberta no Bloco 9 do Líbano, disse Descalzi aos repórteres.

Pouyanne e o Ministro da energia do Qatar, Saad al-Kaabi, também CEO da QatarEnergy, afirmaram que estavam discutir uma possível coordenação em energia renovável no Líbano.
A primeira ronda de licenciamento do Líbano realizada em 2017 viu o consórcio de TotalEnergies, Eni e Novatek da Rússia ganhar licitações para explorar.
A Novatek desistiu em Setembro de 2022, deixando sua participação nas mãos do governo libanês.
O Bloco 9 fica ao lado da recém-delineada fronteira com Israel. Pelo acordo, se descobertas forem feitas em um campo que se estende ao sul dessa fronteira, elas também seriam exploradas pelo consórcio em nome do Líbano, mas com um sistema de royalties estabelecido para Israel.
A Total e Israel fecharam um acordo separado para quaisquer receitas geradas a partir daí.
Pouyanne disse que o acordo de fronteira marítima encerrou o “impasse” enfrentado pelas actividades de exploração no Bloco 9.
Enquanto isso, sobre o projecto da Total em Moçambique, a publicação Africa Intelligence, citada pelo jornal online moçambicano “Carta”, é referido que A multinacional deverá retomar integralmente suas operações em Afungi, Palma, Cabo Delgado.
Em pormenores o Africa Intelligence, citado pelo “A Carta” frisa: “Apuramos que a TotalEnergies vai exigir a formação de uma força exclusiva de protecção, composta pelos vários actores militares que actuam no terreno. A TotalEnergies vai também forçar que Governo aceite incorporar o orçamento dessa força nos custos recuperáveis do investimento no gás de Palma, na Área 1. Ou seja, parte da receita do gás servirá para devolver aos investidores por causa dos seus gastos em matéria de segurança. O regresso da TotalEnergies deverá acontecer o mais tardar até finais de Março.
 
                			
                                        			













