Transformando Realidades: A Jornada da Sasol com os Acordos de Desenvolvimento Local em Moçambique

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  • Entrevista Exclusiva com Ovídio Rodolfo ao “Semanário Económico”

 

Na recente edição do “Semanário Económico”, o Diretor Geral da Sasol em Moçambique, Ovídio Rodolfo, concedeu uma entrevista exclusiva na rubrica “Tema de Fundo”, onde abordou em profundidade o impacto dos Acordos de Desenvolvimento Local (ADL) e o compromisso contínuo da empresa com o desenvolvimento socioeconómico das comunidades de Inhassoro e Govuro.

 

Um balanço positivo e os desafios à vista

Com o fim da vigência dos primeiros acordos de desenvolvimento local previsto para Junho de 2025, Rodolfo fez um balanço das iniciativas implementadas ao longo dos últimos cinco anos. Segundo ele, a Sasol alcançou aproximadamente 75% das metas estabelecidas, destacando avanços significativos em áreas cruciais como desenvolvimento económico, acesso à água e saneamento, e acesso à energia. “O que falta será seguramente realizado, afiançou.

Sistema de irrigação de Malangute || Foto O.Económico

“Estamos convictos de que até Junho de 2025 teremos atingido aquilo que nos propusemos a atingir”, afirmou Rodolfo, reconhecendo, entretanto, que ainda há desafios, especialmente no sector de saneamento. A empresa continua a trabalhar em estreita colaboração com as autoridades locais para superar esses obstáculos.

 

Transformação na relação com as comunidades

Uma das maiores conquistas dos ADL, conforme destacado por Rodolfo, foi a transformação na relação entre a Sasol, as comunidades locais e o Governo. Antes dos acordos, a percepção da Sasol era limitada, mas a participação activa das comunidades na definição e implementação dos projectos melhorou significativamente essa percepção.

“Hoje temos uma interacção muito mais cordial e com maior entendimento,”** disse Rodolfo, ressaltando que as comunidades não apenas participam do processo, mas também vivem os resultados e os desafios, buscando conjuntamente soluções para os problemas encontrados.

Inauguração do aviário de Nhacolo integrado no âmbito dos ADL's || Foto O.Económico

O esforço adicional e a Licença Social

Rodolfo mencionou que, além dos 20 milhões de dólares investidos no âmbito dos ADL, a Sasol investiu mais de 30 milhões de dólares em iniciativas fora do escopo dos acordos. Este esforço adicional inclui projectos de infraestrutura como o abastecimento de água para a vila de Inhassoro e a construção de instalações desportivas em Vilanculos.

Agricultoras de Buchane, beneficiadas pelas ADL’s da Sasol || Foto O.Económico

“Nós trabalhamos para além daquilo que são os Acordos de Desenvolvimento Local naquilo que são as necessidades da Província e, em particular, do distrito,” explicou Rodolfo.

Sobre a questão da “licença social”, Rodolfo foi cauteloso, afirmando que, embora tenham avançado qualitativamente, ainda há um caminho a percorrer. “A licença social não está totalmente garantida, mas demos um passo qualitativo importante,”disse ele, sublinhando que o diálogo com as comunidades para a fase pós-2025 já está em andamento, com planos de expansão para cobrir até 70 comunidades.

Partilha de experiências com olhos no futuro 

Rodolfo também destacou a disposição da Sasol em compartilhar as lições aprendidas com outras empresas do sector, especialmente aquelas na indústria do petróleo e gás. Ele reconheceu que, embora a implementação dos ADL seja um processo desafiador, os resultados compensam o esforço. 

“Estamos dispostos a partilhar com a indústria extractiva como um todo, pois acreditamos que este modelo de colaboração é o caminho para um desenvolvimento mais inclusivo,”** afirmou.

Entrega de pulverizadores aos agricultores de Chitsecane|| Foto O.Económico

Com os ADL, a empresa não apenas cumpriu suas metas, mas também criou um novo modelo de engajamento com as comunidades locais, estabelecendo um precedente para o futuro da responsabilidade social corporativa na indústria extractiva.

Com planos de expansão e continuidade, a Sasol continua a trilhar um caminho de transformação e impacto positivo, demonstrando que o investimento social, quando feito de maneira colaborativa e inclusiva, pode ser uma força poderosa para o desenvolvimento local, para mudanças positivas tangíveis e sustentáveis

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