A empresa petrolífera nacional de Angola (NOC), Sonangol, confirmou os seus planos para uma oferta pública inicial (IPO) de até 30% na BODIVA Debt and Stock Exchange do País até 2027, numa tentativa de atrair investidores internacionais para a maior economia produtora de petróleo do continente.

Inicialmente previsto para antes de 2022, o IPO da Sonangol marcará uma nova era de crescimento para o NOC angolano, sinalizando a recuperação da estabilidade para o estado – na sequência do programa de reestruturação do Presidente João Lourenço desde a tomada de posse em 2017 – e demonstrando o empenho do Governo local em atrair parceiros e investidores internacionais.

“O diagnóstico da empresa foi concluído e o roteiro necessário para o processo de cotação da empresa na bolsa, até um total de 30%, foi definido”, afirmou o CEO da Sonangol, Sebastião Gaspar Martins, acrescentando: “O IPO da Sonangol deverá ter lugar assim que forem criadas as condições para o fazer… Devido às tarefas prévias necessárias, prevemos que, até 2027, este processo possa ser concluído”.

Com a Sonangol a melhorar o seu desempenho financeiro em 2022, que deverá ser divulgado em Fevereiro, após um aumento do lucro líquido para 2,1 mil milhões de dólares em 2021, Gaspar Martins indicou que vários bancos de investimento e instituições financeiras mostraram um forte interesse em apoiar o processo de listagem da Sonangol.

A emissão prevista da Sonangol no BODIVA totalizará 150 milhões de dólares em obrigações e “servirá também como um teste para o requisito de preparar um prospecto, embora com requisitos menos rigorosos”, afirmou Gaspar Martins.

Actualmente a sofrer reformas ambiciosas para privatizar dezenas de activos dentro da economia estatal do País, Angola assistiu a um crescimento renovado após o fim de uma recessão de cinco anos em 2021 e a sua notação de crédito foi melhorada pela agência de notação de crédito de obrigações, Moody’s Investors Service.

A mudança para a listagem da Sonangol na bolsa de valores nacional surge na medida em que se espera que várias grandes empresas estrangeiras continuem a operar no País da África Austral após a extensão de várias concessões, incluindo o acordo de extensão por 20 anos da Chevron para o Bloco 0, e a formação da Azule Energy, uma empresa conjunta entre as principais companhias petrolíferas e de gás, BP e Eni.

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