ADE estabelece parceria com o Japão para acelerar implementação dos ODS em Moçambique

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  • Agência quer partilhar experiências no uso de tecnologia espacial

A Agência Nacional de Desenvolvimento Geo-Espacial, Instituto Público (ADE – IP) posiciona-se como parceiro estratégico do Japão para partilha de experiências no uso de tecnologia espacial com o objectivo de materializar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

O especialista em inteligência geoespacial na ADE, Sérgio Niquisse, esteve no Japão a receber formação sobre as melhores ferramentas a aplicar para colocar a ciência ao serviço do Desenvolvimento Sustentável. A capacitação faz parte dos esforços contínuos da instituição para fortalecer a capacidade de Moçambique em responder aos desafios com que se depara no que respeita ao desenvolvimento sustentável.

A formação, que decorreu sob o tema “Contributo da tecnologia espacial para o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável”, reuniu especialistas de Angola, Indonésia, Quénia, Madagáscar, Nigéria, Filipinas, Ruanda, Tunísia e Vietname.

Sérgio Niquisse destacou a experiência do Japão como um exemplo a seguir, considerando que “foi o primeiro país a colocar em órbita o primeiro nano satélite e que já apoiou vários países em desenvolvimento, incluindo países africanos, no lançamento do seu primeiro satélite através de desenvolvimento de capacidades, tanto técnicas como de recursos humanos”.    

Das lições apreendidas, Moçambique trouxe na bagagem a consciência da importância da utilização dos dados de satélites nos vários sectores de actividades, sobretudo na agricultura para garantir precisão e optimizar a utilização dos insumos agrícolas, reduzindo as perdas e aumentando a produtividade duma cultura num determinado local. Por outro lado, foi apontada aos participantes a pertinência da utilização dos dados de satélites no planeamento e gestão urbana e na intervenção atempada em eventos extremos como ciclones, que afectam alguns países de forma cíclica, como é o caso de Moçambique.

Quanto ao quadro legal, Moçambique registou avanços com a própria criação da ADE e os termos de referência do seu funcionamento. No Japão obteve-se a experiência necessária para que cada país participante lançasse o seu primeiro satélite, incluindo o de Observação da Terra.

Para Sérgio Niquisse, sendo Moçambique um país aspirante na corrida espacial, “a capacitação constituiu uma oportunidade única para conhecer os processos e os desafios que o país deve enfrentar para dominar a área espacial”.

A par destas experiências, Moçambique fez o ponto de situação da criação de um quadro regulatório da área geo-espacial e da criação da Rede Nacional de SIG, como o momento preferencial para a disponibilização e acesso a dados Geo-Espacias confiáveis. 

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