
Países em desenvolvimento necessitam de US$ 500 mil milhões anuais para alcançar ODS
- O Secretário Geral da ONU, António Guterres, destacou o valor na abertura do 8º Fórum Mundial de Investimentos da UNCTAD; evento tem foco nos desafios de investimento enfrentados por nações emergentes.
O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, pede aos sectores público e privado que forneçam US$500 mil milhões por ano em financiamento acessível e de longo prazo para países em desenvolvimento.
Em comunicado enviado para a abertura do 8º Fórum Mundial de Investimentos da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, UNCTAD, Guterres pediu apoio para efectivar o Pacote de Estímulo dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS.
Estímulo para ODS
O evento de líderes globais começou nesta segunda-feira, em Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, debate acções futuras e tem como foco os desafios de investimento enfrentados pelos países em desenvolvimento do mundo diante das crises globais.
O Secretário-Geral da ONU também pediu aos governos que estabeleçam um preço justo para o carbono e às empresas que implementem planos críveis de emissões líquidas zero, alinhando-se com as recomendações do Grupo de Alto Nível de Especialistas sobre Compromissos de Emissões Líquidas Zero de Entidades Não Estatais.

Com o tema “Investindo no Desenvolvimento Sustentável”, o fórum se alinha estrategicamente com as próximas conversas globais sobre mudanças climáticas na COP28.
Uma trilha dedicada dentro do fórum se concentrará no avanço de financiamento e investimento climático, fornecendo uma plataforma crucial para os formuladores de políticas encontrarem soluções e apoiarem as negociações climáticas globais.
Líderes globais enfrentam a lacuna de financiamento
A cúpula abordou a lacuna de investimento de US$ 4 trilhões dos ODS, uma vez que apenas 15% dos objectivos estão a caminho de serem atingidos até 2030, com a falta de investimento no mundo em desenvolvimento crescendo de US$ 2,5 trilhões por ano em 2015 para os actuais US$ 4 trilhões.
No entanto, a Secretária-geral daUNCTAD, Rebeca Grynspan, destacou que não estão sendo canalizados fundos suficientes para novas centrais de energia renovável, instalações de água e saneamento, projectos agrícolas e hospitais.
Segundo disse, apenas 5% de todos os fundos sustentáveis estão localizados em países em desenvolvimento. A chefe da agência da ONU explica que os financiamentos existem, “mas a alocação tem sido equivocada”.
A discussão ainda enfatizou a necessidade fundamental de coordenação internacional, dada a escala das necessidades de investimento e finanças mistas envolvendo setores público e privado, incluindo novos atores, como fundos soberanos.
O fórum destacou setores críticos, como a transição justa de energia e perspectivas de países como Indonésia, África do Sul e Vietname.

Necessidade urgente de investir no sector agroalimentar
Em meio a crise das cadeias de abastecimento globais devido à pandemia de Covid-19 e ao conflito na Ucrânia, a UNCTAD e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, destacaram o papel dos sistemas agroalimentares.
Outras áreas de atenção incluem o combate à desnutrição global, à pobreza, a perda de biodiversidade, os serviços ecossistêmicos e as mudanças climáticas.
O Diretor-Geral da FAO, Dongyu Qu, afirmou que a transformação dos sistemas agroalimentares custará US$ 680 bilhões anualmente entre agora e 2030 nos países de baixa e média renda.
Por isso, ele defende que haja prioridade em atrair investimentos eficientes do setor público e privado nos sistemas agroalimentares para reduzir a insegurança alimentar e fomentar o emprego rural, especialmente para mulheres e jovens.
O Chefe da FAO avalia que canalizar investimentos em finanças sustentáveis nos mercados de capitais globais para a produção de alimentos onde mais são necessários exigirá lidar com os desafios de risco, capacidade institucional, promoção de investimentos e facilidade de fazer negócios.
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