
As prioridades e os desafios mantêm-se essencialmente inalterados, o que denota que os problemas estruturais da sociedade e economia moçambicana estão longe de estarem minimizados.
Nyusi tem uma segunda oportunidade, que ora se inicia num contexto em que ostenta uma ampla legitimidade em virtude dos resultados conseguidos no último processo político que o reconduziu a um segundo e último mandato ao mais alto cargo do Estado moçambicano.
Portanto, espera-se que nesta segunda vez, Nyusi coloque “toda a carne no assador” se quiser ser recordado como o Presidente que tenha dado um contributo significativo no alcance dos principais desideratos da sociedade moçambicana.
A grande questão no nosso ponto de vista, não é a identificação de problemas, o seu mapeamento e categorização. A questão crítica é a resposta à pergunta “como” irá abordar os problemas já bastante identificados e exaustivamente diagnosticados.
Como, Sr. Presidente irá materializar as promessas e intenções que faz, de forma eficiente e sustentável, tal que, deixe não só um legado para o sinuoso processo de desenvolvimento social económico de Moçambique, mas que represente uma peça estrutural nessa epopeia desenvolvimentista que os moçambicanos prosseguem e anseiam?
É na resposta pragmática e uma atitude arrojada, empreendedora e inovadora à esta pergunta que reside “o diferencial” que a Governação de Nyusi pode trazer, em termos que signifiquem que, após 10 anos da sua liderança, Moçambique andou para frente de forma segura, abrangente e sustentável.
- USO E APROVEITAMENTO DE TERRA
Pretendemos que o uso da terra permita um equilíbrio entre a produção alimentar, aprodução de energia renovável e a conservação dos recursos florestais e faunísticos.
- TRABALHO E EMPREGO
Dinamizaremos mecanismos de transferência de capacidades da mão-de-obra estrangeira para a nacional. Tomaremos a dive sificação da nossa actividade económica na sua perspectiva de cadeias de valores, como contributo importante para a promoção do emprego e a empregabilidade, sobretudo entre os jovens.
- AMBIENTE DE NEGÓCIOS
(…) simplificando os procedimentos e combatendo a burocracia e a corrupção.
- PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
Promover a constituição de uma instituição financeira de desenvolvimento, com participação significativa do Estado, para financiar, em termos concessionais de prazo e de juro, empreendimentos e negócios do sector privado, incluindo linhas de crédito para as Pequenas e Médias Empresas (PME ́s) e as necessárias garantias.
- AGRICULTURA
Mobilizar recursos e alocar 10% do seu orçamento para este sector.
- INDÚSTRIA
Estimular iniciativas empresariais que visem a revitalização e modernização das agro-indústrias, das indústrias agro-químicas, téxteis e confecções, das metalo-mecânicas e das indústrias de materiais de construção.
- HIDROCARBONETOS
Viabilizar a exploração sustentável das reservas de gás natural de que dispomos, assegurando a conclusão do projecto da plataforma flutuante que tornará Moçambique produtor e exportador de gás natural liquefeito. Vamos igualmente, facilitar a construção das primeiras quatro unidades de liquefação em terra.
Implementação de unidades da indústria petroquímica para a produção de metanol e outros combustíveis derivados assim como a produção de fertilizantes, a par do desenvolvimento de centrais de geração de energia eléctrica, que deverão estar operacionais em finais de 2024.
- MINERAÇÃO
No âmbito do Processo Kimberly, implantar os primeiros entrepostos comerciais de pedras e metais preciosos.
- TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES
Iremos promover a construção e reabilitação de infra-estruturas dos caminhos ferro e aeroportuárias e de telecomunicações para impulsionar o desenvolvimento dos principais corredores e as ligações internas e internacionais.
- TURISMO
Vamos intensificar a divulgação da nossa oferta, isto é, os destinos turísticos já definidos de modo a promover mais investimentos no sector, diversificar a oferta, incluindo o turismo baseado no empoderamento das comunidades e incrementar a formação técnica profissional na área.
- SISTEMA FINANCEIRO
Consolidar a estabilidade macro-económica e financeira, através de acções que concorram para uma inflação baixa e estável e para a promoção de um sector financeiro robusto e preparado para os desafios do futuro.
Implementar políticas macro-económicas prudentes, em particular na gestão da despesa e da dívida pública, aprimorando os mecanismos de monitoria, supervisão e gestão do risco fiscal e estabilidade do Metical.
- FUNDO SOBERANO
A criação do Fundo Soberano que, para além de constituir um instrumento de poupança financeira para as gerações presentes e futuras, poderá ajudar a proteger a economia do impacto da flutuação dos preços das matérias primas no mercado internacional.
O Fundo Soberano poderá apoiar nos esforços de diversificação da nossa economia, através da canalização de recursos para o desenvolvimento dos sectores não tradicionais, com destaque para o sector agrário e a industrialização que emprega a maioria da nossa população.
O modelo do Fundo Soberano que pretendemos criar, deverá ter como base as receitas provenientes da exploração dos recursos minerais.


















