
Indústria da Aviação Comercial africana prevê lucro líquido de US$ 100 milhões em 2024, o mesmo nível de 2023 – IATA
- Em África, a indústria da aviação continua a enfrentar vários desafios que afectam o desempenho das companhias aéreas.
Em 2023, África gerou um lucro modesto, mas encorajador, de aproximadamente US$ 0,1 bilhão na indústria de viagens aéreas, um feito considerado pelos analistas do sector como “notável”, considerando-se os altos custos operacionais da região e a baixa propensão para gastar em viagens aéreas. O crescimento e o desempenho da indústria no continente são ainda mais prejudicados por desafios de infraestrutura e conectividade.
Apesar desses obstáculos, diz a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), há uma demanda constante por viagens aéreas, sugerindo que o mercado poderia manter níveis de lucratividade semelhantes em 2024. No entanto, as dinâmicas geopolíticas continuam sendo um factor significativo que afecta a rentabilidade na região.
A IATA fez a projecção em seu relatório Global Outlook for Airport Transport, no qual indica que que todas as regiões obtenham rentabilidade, mas a taxas diferentes.
“Esta região tem uma base de custos operacionais elevada e uma baixa propensão para gastar em viagens aéreas”, observa a perspectiva.
De acordo com o relatório, os desafios de infraestrutura e conectividade também prejudicam a expansão e o desempenho da indústria.
“Apesar destes ventos contrários”, afirma a IATA, “há uma procura sustentada por viagens aéreas, o que deverá permitir ao mercado manter o mesmo nível de rentabilidade em 2024”.
O lucro líquido agregado das companhias aéreas africanas, este ano, deverá ser de aproximadamente 100 milhões de dólares americanos, com margem de lucro líquido de 0,6%.
Isso representa apenas um lucro de 0,9 dólares americanos por passageiro – um valor muito inferior aos 6,14 dólares de toda a indústria.
A dinâmica geopolítica é um fator chave que pesa na rentabilidade este ano, afirma o Global Outlook for Airport Transport.
Globalmente, a IATA anunciou projecções de rentabilidade reforçadas para as companhias aéreas em 2024, em comparação com as suas previsões de Junho e Dezembro de 2023. Contudo, um retorno agregado acima do custo de capital continua a escapar à indústria aérea global.
O relatório diz que o lucro líquido a escala global deverá atingir US$ 30,5 bilhões este ano, com margem de lucro líquido de 3,1%. Isso representará uma melhoria em relação aos lucros líquidos de 2023, estimados em 27,4 mil milhões de dólares.
Outras previsões importantes incluem:
- O retorno sobre o capital investido em 2024 deverá ser de 5,7%, o que é cerca de 3,4 pontos percentuais (ppt) abaixo do custo médio de capital.
- Espera-se que os lucros operacionais atinjam US$ 59,9 bilhões em 2024, acima dos estimados US$ 52,2 bilhões em 2023.
- Espera-se que as receitas totais atinjam 996 mil milhões de dólares (+9,7%) em 2024 – um valor recorde – enquanto as despesas totais deverão atingir 936 mil milhões de dólares (+9,4%) em 2024 – um valor recorde.
- Espera-se que o total de viajantes atinja 4,96 mil milhões em 2024 – um recorde e que os volumes de carga aérea atinjam 62 milhões de toneladas em 2024.
“Num mundo de muitas e crescentes incertezas, as companhias aéreas continuam a reforçar a sua rentabilidade”, afirma o Director – Geral da IATA, Willie Walsh, indicando que o lucro líquido agregado esperado de 30,5 mil milhões de dólares em 2024 é uma grande conquista, considerando as recentes profundas perdas pandémicas.
Embora a indústria esteja no caminho para lucros sustentáveis, ainda há uma grande lacuna a cobrir.
Willie Walsh afirma: “este ano, as companhias aéreas no total obterão um retorno sobre o capital investido de 5,7% este ano, e isso está bem abaixo do custo médio de capital de 9%”.
“Apesar de todo o valor que as companhias aéreas criam, quanto lucro elas retêm por passageiro? US$ 6,14”, afirma Walsh.
Para melhorar a rentabilidade, sugere o diretor-geral, “a resolução dos problemas da cadeia de abastecimento é de importância crítica para que possamos mobilizar frotas de forma eficiente para satisfazer a procura. E aliviar o desfile de regulamentações onerosas e propostas fiscais cada vez maiores também ajudaria.” Afirmou o Director-Geral da IATA
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